Mindlin é o novo membro da Academia Brasileira de Letras

Por 33 votos, 14 a mais do que seriam necessários para ser eleito, José Ephim Mindlin, bibliófilo paulista, tornou-se em 20 de junho membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ocupando a cadeira 29, que foi do romancista e historiador Josué Montello, que morreu em março aos 89 anos.

A cadeira 29 foi fundada por Artur Azevedo, que escolheu como patrono Martins Pena. Sendo ocupada sucessivamente por Vicente de Carvalho, Cláudio de Souza e Josué Montello. Concorreram com Mindlin, Áureo Bringel de Mello, Julião Romão e Nelson Valente, que não foram votados.

Mindlin, em maio, tornou pública parte de sua Biblioteca Brasileira Guita e José Mindlin, considerada o mais valioso acervo bibliográfico de caráter privado do Brasil com mais de 40 mil títulos. À Universidade de São Paulo, foram doados cerca de 18 mil títulos e documentos sobre a história literária, científica e cultural do País. Para abrigar o acervo será construído um edifício ao lado do prédio da Reitoria.

Mindlin é formado pela Faculdade de Direito, foi presidente da Metal Leve, diretor do Conselho de Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e secretário estadual da Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Foi membro do Conselho Superior da Fapesp de 1973 a 1974 e, em 2005, recebeu da USP o título de Doutor Honoris Causa. É autor de três livros: Uma vida entre livros: reencontros com o tempo (1997), Memórias esparsas de uma biblioteca (2004) e Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin (2006).

Fonte: Agência Fapesp


 


Reciclagem em alta, meio ambiente agradece

 

Com o objetivo de minimizar o impacto ambiental foi desenvolvido, no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) pela empresa Tramppo Recicla Lâmpadas, um sistema que recupera os componentes presentes nas lâmpadas, reaproveitando cerca de 98% da matéria-prima utilizada na fabricação.

São consumidas no País em média 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano, sendo que 94% delas são jogadas em aterros sanitários sem qualquer tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados. Através de um sistema de vácuo associado à alta temperatura, o equipamento separa o mercúrio, metal tóxico, de outros elementos como cobre, pó fosfórico, vidro e alumínio. Descontaminando a lâmpada do mercúrio, que pode ser reutilizado, possibilita a reciclagem dos outros materiais pela indústria, afirma Gilvan Xavier Araújo, diretor da Tramppo.

A empresa já iniciou as atividades comerciais da nova tecnologia utilizando o processo conhecido como logística reversa, através do qual vende as lâmpadas novas para o cliente a preço de custo e recolhe as usadas para reciclagem. O objetivo, segundo Araújo, é focar o trabalho na venda de matéria-prima para as indústrias que produzem lâmpadas. Gerando sustentabilidade ambiental e econômica no processo.

O projeto, que teve apoio da Fapesp, ganhou certificado do Programa New Ventures Brasil, na categoria Modelo de Negócios em Desenvolvimento Sustentável. O objetivo do programa, iniciativa da World Resources Institute (WRI), sediada na Faculdade GetúlioVargas (FGV), em São Paulo , é fomentar o desenvolvimento mercadológico de empreendimentos sustentáveis.