Agora é lei, pesquisador científico já possui carreira específica

Em julho, o governador Cláudio Lembo assinou homologação da lei que criou 55 cargos de pesquisador científico nos Laboratórios de Investigação Médica (LIMs) do Hospital das Clínicas. De acordo com professor José Eluf Neto, diretor executivo dos LIMs, “a ausência de uma carreira específica para pesquisador científico causou, ao longo dos anos, a perda de profissionais altamente qualificados, em cuja formação a instituição fez grandes investimentos”.

Para o diretor da Faculdade de Medicina (FMUSP) professor Giovanni Cerri, os novos cargos servirão de estímulo para os pesquisadores que já trabalham na instituição e atrairá novos pesquisadores. “Aqui são produzidos 15% de toda a ciência no Brasil e 3% da América Latina”, enfatiza.

A criação da carreira de pesquisador científico é uma reivindicação de 23 anos do HC, e possibilitará que os profissionais passem para a série de classes correspondentes à natureza de suas atribuições, além da oportunidade de evolução funcional.

 

Fisioterapia auxilia no dia-a-dia de funcionários em Ribeirão Preto

Alunos do curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) atuam, desde o ano passado, no projeto de extensão Fisioterapia Atuando na Prevenção de Doenças e na Promoção da Saúde do Trabalhador do Campus. O objetivo do trabalho, orientado pela professora Marisa de Cássia Registro Fonseca, é reduzir o índice de dor e lesão decorrente da má postura e utilização errônea de equipamentos durante o trabalho, promover a saúde e prevenir doenças.

Os funcionários do setor de Parques e Jardins da Prefeitura do Campus Administrativo de Ribeirão Preto (PCARP) foram os primeiros beneficiados com a iniciativa e participam das atividades de alongamento e aquecimento e de atividades de cinesioterapia laboral – uso de movimentos como forma de tratamento – no início do trabalho. Para Ricardo Aguiar, fisioterapeuta da FMRP e co-autor do projeto “o objetivo é preparar o indivíduo para o trabalho, prevenir acidentes e distúrbios osteomusculares e ligamentares”.

Recente avaliação do projeto implantado mostrou que 12 dos 26 funcionários do setor demonstram que, após seis meses de aplicação diária de exercícios de baixa intensidade, houve uma melhora no aspecto físico desses funcionários, estado geral, vitalidade e dor.

De acordo com a professora Marisa, a idéia é expandir o projeto para outros setores da Prefeitura. O próximo setor a se beneficiar são os funcionários da Manutenção Predial e do Biotério.

 

Museu mostra a delicada arte da xilogravura

É preciso conhecer o Museu Casa da Xilogravura, em Campos do Jordão. Fundado e dirigido pelo professor da USP e artista plástico Antonio Fernando Costella –, ele expõe xilogravuras de grandes artistas do Brasil e do exterior, como Tarsila do Amaral, Renina Katz e Maria Bonomi. Inaugurado em 1987, conta em sua reserva técnica com mais de 2 mil obras de xilógrafos.

Conforme testamento lavrado por Costella, o museu será transferido para a USP após a morte do seu fundador, desde que respeitada uma condição: a Universidade não poderá remover o túmulo de Chiquinho, cão de estimação de Costella, que se encontra no jardim da instituição. “Se isso acontecer, o museu passará para a Universidade de Taubaté”, avisa Costella.

O museu tem também uma função didática. Quem conhece o lugar sai dali com uma boa noção do que é a arte da xilografia. Graças à forma como o acervo está exposto, o visitante sabe que, para fazer uma xilogravura, o artista toma um pedaço de madeira, grava nela uma imagem – com instrumentos como o buril – e, em seguida, passa tinta. Depois, com a ajuda de uma prensa, ele imprime a imagem no papel. O visitante confere o resultado desse trabalho ali mesmo, ao ver as delicadas xilogravuras expostas.

O Museu Casa da Xilogravura fica na avenida Eduardo Moreira da Cruz, 295, próximo à praça Nossa Senhora da Saúde, no bairro Abernéssia, em Campos do Jordão.

Roberto G. C. Castro