A
caderneta é para uso do próprio
idoso. Ele é quem autoriza o médico
a checá-la .
“A caderneta não é resolutiva
nela própria, claro. Mas é uma
das medidas que podem ajudar a ampliar a
qualidade de atendimento ao idoso.”
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A partir de janeiro, os indivíduos
com mais de 60 anos vão receber a
Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa.
O documento faz parte de um pacote de medidas
lançadas pelo governo há dois
meses, com foco na terceira idade. Na caderneta
ficará registrado o histórico
clínico do idoso. A idéia de
imprimir mais um documento para o cidadão é que
as informações ali presentes
permitam ao médico uma ação
mais ágil e abrangente.
O Ministério da Saúde prepara
um lote inicial com cerca de 5 milhões
de exemplares. O número é suficiente
para atender 29,5% da população
idosa no Brasil, estimada em 17 milhões,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
As cadernetas serão distribuídas
primeiramente para os cadastrados no Programa
Saúde da Família, durante consultas
ou visita domiciliar da equipe do programa.
Em seguida chegarão às demais
pessoas através de outros locais de
atendimento, como os postos de saúde.
O livreto é um documento que o idoso
deve portar sempre. Ele vai conter nome,
endereço, quem avisar em caso de emergência,
tipo sangüíneo, entre outros.
Além dessas informações
básicas, também vão
constar dados médicos: internações
e cirurgias recentes, ocorrência de
quedas e fraturas, alergias, uso de medicamentos,
vícios (cigarro, bebidas) e atuais
problemas de saúde.
“A caderneta cabe no bolso. Onde o idoso
estiver, vai facilitar o atendimento, porque
o médico não começará uma
consulta a partir do zero”, explica a professora
da Escola de Enfermagem da USP Yeda Duarte.
Ela participou do projeto coordenando a redaçã o
dos manuais que orientam profissionais da
saúde sobre como preencher a caderneta.
Outra vantagem, que Yeda cita, é a
tentativa de agilizar o atendimento emergencial,
quando o idoso está desorientado e
não consegue informar a própria
identidade ou o contato de familiares.
Ela completa: “Também é trabalhada
a noção de continuidade do
tratamento. Com o histórico da saúde
em mãos, espera-se que os médicos
sejam mais pró-ativos e não
aguardem um resultado ruim para iniciar intervenções
preventivas”.
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