texto: Circe Bonatelli
Fotos: Cecília Bastos e Circe Bonatelli

Créditos: Circe Bonatelli



Crédito: Circe Bonatelli
Na escalada esportiva também é possível participar de competições dentro e fora do Brasil. Em 2006, atletas brasileiros foram os primeiros sul-americanos a chegar ao torneio mundial, que foi realizado na Eslovênia.

 

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Bertuzzi: “Isso é musculação e ioga direto na parede.”

Encarar um paredão com dez metros de altura, subindo de agarra em agarra por caminhos inclinados. Na escalada indoor, a satisfação está em vencer os desafios para alcançar o topo. E depois, começar tudo de novo em uma outra parede ou por um novo trajeto, ainda mais específico. O esporte exige muita concentração e uma parcela de resistência física. Ao contrário do que se pensa, adrenalina e juventude não são requisitos para iniciar na modalidade. Homens na faixa dos 30 e 40 anos em busca de entretenimento correspondem a uma boa parte dos praticantes.

Derivada do alpinismo, a escalada indoor surgiu como uma opção de treino e diversão para os dias em que o clima estava pouco favorável nos morros e montanhas. O objetivo é realizar a subida nos simuladores de rocha, como os muros de alvenaria e estruturas de aço revestidas de placas. Essas superfícies são cobertas por várias agarras feitas de resina criadas para imitar a pedra.

A modalidade chegou ao Brasil por volta de 1987. Nos últimos anos, ocorreu um aumento de academias que procuram fazer da escalada indoor um diferencial para atrair mais clientes. Assim, instalam um paredão simples no canto das salas. Outra alternativa em São Paulo e no interior é procurar ginásios mais aprofundados no assunto (veja dicas no final da matéria). Eles oferecem cursos para o aluno aprender a dominar os movimentos de subida no muro, e também fazem o trabalho de preparação para saídas na rocha de verdade, onde o risco é iminente.

“Como no futebol ou basquete, a escalada indoor também oferece um certo risco, mas é coisa muito pequena. A pessoa está sujeita a torções ou mau-jeitos, mas nada perigoso”, explica Rômulo Bertuzzi, atleta da modalidade e doutorando da EEFE (Escola de Educação Física e Esporte) que elaborou uma tese de mestrado sobre a fisiologia e gastos energéticos da escalada. “Já a subida em meio à natureza tem o perigo absoluto de pancadas na rocha, quedas e a própria morte. Não tem segunda chance para negligência. Só que a filosofia do outdoor é outra, carrega a sensação do contato do homem com a natureza.”

 

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