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Escola
Politécnica participa de estudo
que traça perfil do novo profissional
de engenharia
O estudo Excelência em Engenharia
Global, realizado por oito universidades,
entre elas a Escola Politécnica (Poli),
revelou que, com a intensificação
da globalização da economia,
ter nível superior com uma formação
básica consistente já não é mais
garantia de um bom desempenho no mercado
de trabalho.
O novo profissional terá de se preparar
para atuar em uma comunidade global, que
exigirá dele habilidades que vão
além daquelas aprendidas na grade
curricular tradicional. O trabalho foi focado
na área de engenharia, mas espelha
o que está ocorrendo na maioria das
profissões.
Os professores da Poli Márcio Lobo
Netto, do Departamento de Engenharia de Sistemas
Eletrônicos e Paulo Carlos Kaminski,
do Departamento de Engenharia Mecânica,
representaram o Brasil nesse estudo. Segundo
Lobo Netto, “a prática global da engenharia
requer um profissional que, além de
capacidade técnica, seja poliglota,
amplamente instruído e culturalmente
bem informado, conhecedor dos mercados, empreendedor
e inovador, muito flexível e móvel,
seja virtual ou fisicamente”.
Preparar um profissional com tais habilidades é uma
tarefa complexa, mas necessária diante
da mudança radical na maneira como
a economia passou a desenvolver, produzir
e distribuir bens de consumo. Lobo Netto
avalia que, com a globalização
um produto desenvolvido no Brasil, pode ser
produzido na China e distribuído na
Europa, e os profissionais envolvidos nesse
processo precisam saber atuar em uma escala
global.
Concluído em novembro passado, o
estudo é uma iniciativa da AG Continental,
empresa transnacional do setor automotivo,
e foi conduzido pela Technische Universität
Darmstadt (Alemanha), em parceria com a Escola
Politécnica, Massachusetts Institute
of Technology, Geórgia Institute of
Technology (ambos dos EUA), Eidgenössische
Technische Hochschule Zürich (Suíça),
Tsinghua University, Shanghai Jiaotongo University
(ambas da China) e University of Tokyo (Japão). |