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Cena de À Margem do Concreto

 

 

 

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Cena de Os 12 Trabalhos

  Duas estréias

À Margem do Concreto e Os 12 Trabalhos , dois longas brasileiros que estréiam neste mês em circuito comercial. Os filmes tratam de maneiras diferentes da vida das populações menos favorecidas na cidade de São Paulo, além de discutir outras questões envolvendo a existência caótica na metrópole, utilizando-se de pontos de vista pouco explorados.

O documentário À Margem do Concreto, dirigido por Evaldo Mocarzel, apresenta uma visão dos movimentos de ocupação e de luta por habitação em São Paulo. Traz depoimentos das principais lideranças, a história e a rotina das ocupações organizadas por movimentos de moradia, como o Fórum dos Cortiços, o Movimento dos Sem-Teto do Centro e a União dos Movimentos de Moradia, além dos conflitos surgidos pela precariedade das condições de alguns prédios, a dureza da rotina de administração e limpeza e a angústia sempre presente diante da possibilidade de despejo.

Os 12 Trabalhos utiliza a ficção para expor um panorama da vida em São Paulo sob a perspectiva de um motoboy. Partindo do mito de Hércules, o cineasta Ricardo Elias conta a história de Heracles (nome grego correspondente ao herói da mitologia), jovem pobre e negro da periferia da capital paulistana (interpretado por Sidney Santiago). Filho de uma faxineira, sem pai, ele precisa arrumar um emprego para sobreviver, apesar de sua paixão ser o desenho. Seu primo Jonas (Flávio Bauraqui) o ajuda a conseguir um emprego em uma firma de entregas rápidas. É aí que o jovem se torna um motoboy e recebe a missão de realizar 12 tarefas como experiência. Situações díspares a que o rapaz é submetido por causa de seu novo trabalho retratam ocasiões da vida atual na metrópole e humanizam a figura dos motoboys.

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