texto: Cinderela Caldeira

imagem meramente ilustrativa

 

 

Pesquisa da Psiquiatria é premiada em congresso internacional

O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas realiza há oito anos pesquisa com uma nova técnica chamada de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), que foi premiada como o melhor trabalho clínico no 2º Congresso Internacional de Dor Neuropática de Berlim, ocorrido no início de junho. O trabalho concorreu com outras 450 pesquisas.

A EMT é uma técnica, que por meio de um campo magnético potente, similar ao de ressonância magnética, promove a ativação de neurônios ou sistemas neurais desativados em função de diferentes patologias, entre elas a depressão. O trabalho envolveu 35 pacientes, entre 18 e 79 anos, a maioria vítima de dor decorrente de lesão no plexo braquial, conjunto de nervos localizado na região do pescoço e que, como cabos elétricos, conecta o cérebro com os membros superiores, responsáveis por movimentação e sensibilidade.

Através do uso da estimulação magnética transcraniana, foi possível mapear, com maior precisão, a região do cérebro em que ocorre a dor, permitindo demarcar a área específica para o tratamento e se havia ou não indicação para a implantação de eletrodo, que imite impulsos elétricos e normaliza a atividade na área, cessando a dor.

Marco Antonio Marcolin, responsável pelo Grupo de Estimulação Cerebral do IPq, diz que o campo magnético transmitido em forma de pulsos rápidos atravessa o couro cabeludo e o crânio, precisamente na região em que se objetiva ativar. “A técnica é uma das mais promissoras terapêuticas em psiquiatria da atualidade. Não é agressiva, tem baixa taxa de efeitos colaterais e é indolor”, enfatiza.

 

 


 

 

Butantan inicia estudo sobre substâncias contra câncer

O Instituto Butantan, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, assinou, em 14 de junho, parceria com três órgãos para estudar e produzir os chamados anticorpos monoclonais, substâncias inovadoras voltadas para o combate do câncer.

Diferentemente dos tratamentos usuais contra a doença, os anticorpos monoclonais afetam apenas células tumorais específicas. Podem, entretanto, ser utilizados conjuntamente e ampliar a eficácia de tratamentos convencionais, como a quimioterapia, por exemplo.

Para a coordenadora do projeto, Ana Maria Moro, “a intenção é que nos próximos anos possamos ter novos anticorpos monoclonais, para ajudar no combate a células tumorais com maior eficácia”. Hoje no mundo existem oito tipos e o novo projeto do instituto desenvolverá outros quatro tipos, inéditos.

A parceria do Butantan será com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que repassará R$ 6 milhões ao projeto, com a Recepta Biopharma que entrará com R$ 2 milhões e o Instituto Ludwig que será o responsável por ceder o estudo já realizado nos Estados Unidos, com camundongos, que será a base para a pesquisa do Butantan. O instituto desenvolve estudos e pesquisa básica na área de biologia e biomedicina, relacionados com saúde pública, produzindo vacinas e soros para uso de prevenção e cura de doenças.

 


 

 

Faculdade de Saúde Pública é tombada pelo patrimônio histórico

O colegiado do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), aprovou, em sessão no dia 23 de abril,o tombamento do quadrilátero da saúde.

Pela notificação de tombamento publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, os prédios incluídos são: antigo pavilhão de classes (atual Casa Rosada Dr. Otávio Martins de Toledo); antigo pavilhão 2 do hospital de isolamento – febre amarela e febre tifóide – (atual Casa Azul Dr. José Augusto Arantes; antigo pavilhão 4 do hospital de isolamento – varíola – (atual biblioteca Instituto Adolfo Lutz); Faculdade de Higiene e Saúde Pública (prédio principal); Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza (primeiro centro de saúde do País); Hospital das Clínicas; pavilhão de ortopedia; Escola de Enfermagem.

De acordo com os artigos 142, parágrafo único, e 146 do Decreto Estadual 13.426, de 13 de março de 1979, as edificações tombadas como bem cultural têm assegurada sua preservação. A partir de agora qualquer tipo de reforma nesses prédios deverá ter autorização do Condephaat, para evitar uma eventual descaracterização da estrutura.

 

 

 
 
 
 
 
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