Por Marianne Ramalho
Fotos: Camila Sanches e reprodução


 

 

©: arquivo pessoal
Ovídio dos Santos, aos 8 anos, na Escola Primária, em Campo Grande (MS)

 

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Da esquerda para a direita: Luiz Fernando Pegoraro, diretor da FOB/USP; Ovídio dos Santos Sobrinho; José Roberto de Magalhães Bastos, prefeito do campus e Norberti Bernardineli, presidente da Fundação Bauruense de Estudos Odontológicos (FUNBEO), durante homenagem prestada ao atleta pela Prefeitura do Campus Administrativo de Bauru (PCAB)


Campeão mundial de jiu-jitsu trabalha na USP

Da infância no Mato Grosso do Sul até se tornar campeão brasileiro e mundial no jiu-jitsu, Ovídio dos Santos Sobrinho, técnico de laboratório da Disciplina de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da Universidade de São Paulo (USP), tem muita história para contar.


"No futuro, eu gostaria de abrir uma academia para ensinar crianças carentes. Tirar as crianças da rua e encaminhá-las para o esporte. Porque se você tira a criança da rua e coloca no esporte, ela vai largar da droga. E se Deus quiser eu ainda vou realizar este sonho."

Sobrinho nasceu em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, em 5 de julho de 1955. Sua mãe, Sotera Cardoso dos Santos, era dona de casa e seu pai, Simião dos Santos, trabalhou muito tempo na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

Eram 6 filhos, 4 homens e 2 mulheres, porém 3 homens morreram e hoje Sobrinho ainda mantém uma boa amizade com a irmã mais velha, Emília, com 62 anos, que mora em Bauru, e a outra irmã, Erecina, com 56 anos, que mora em Lins.

A infância, Sobrinho passou no Mato Grosso do Sul até o seu pai ser transferido para Bauru, onde reside até hoje. "Meu pai era chefe dos maquinistas, quando ele não estava na direção da Maria Fumaça, estava na coordenação de alguma área. E como trabalhava na ferrovia, dificilmente ficava em Campo Grande. Ele viajava muito do Brasil para a Bolívia, e nós morávamos num vagão grande de trem. Eu e meu irmão ficávamos em Campo Grande para estudar e o restante da minha família viajava neste vagão até a Bolívia e voltava para Campo Grande. Desta forma, passei grande parte de minha infância e adolescência, longe de meus pais, morando com minha irmã mais velha, Emília, que foi praticamente quem me criou".

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