Veja também:
Galeria de fotos
|
|
Cepeusp conta como se organizou após jogos
de 1963 e 75
O que a Cidade Universitária
e o Rio de Janeiro têm em comum? Já que
a Torre do Relógio e a estátua do Cristo
Redentor não têm ligação,
vamos olhar para os Jogos Pan-Americanos: com o fim
do evento, os cariocas vão ter pela frente o
desafio da manutenção dos complexos esportivos
construídos, mesma tarefa que a USP enfrentou
há mais de 30 anos.
Em 1963, São Paulo foi a sede da disputa. Os
atletas ficaram alojados em uma moderna Vila Olímpica
erguida dentro da Universidade. Depois dos jogos, a
vila virou Crusp (Conjunto Residencial da USP), abrigo
dos alunos uspianos com dificuldades socioeconômicas.
Para 1975, São Paulo seria novamente a sede
do Pan, mas um surto de meningite em 1974 se espalhou
pela capital paulista e obrigou a transferência
da competição para a Cidade do México.
Porém, àquela altura, grande parte do
complexo olímpico (velódromo, estádio,
ginásio, raia e conjunto aquático) já havia
sido instalada na área dos jogos, a USP. O que
fazer com aquela macroestrutura?
Muitos anos depois, o esporte de alto desempenho sumiu
das redondezas. No lugar de atletas, o Cepeusp priorizou
membros da comunidade local (alunos, funcionários,
docentes) e externa (moradores da região) que
buscam a atividade física como educação,
saúde e lazer.
Nos sábados e domingos de verão, o número
de uspianos chega a extrapolar 4 mil pessoas diárias.
O conjunto aquático é um dos espaços
mais disputados em dias quentes, enquanto o ginásio
coberto recebe, semanalmente, aulas de artes marciais,
ginástica olímpica e modalidades coletivas
de quadra.
“A composição de um espaço onde
a comunidade universitária pudesse praticar
esportes já estava prevista desde a década
de 60, quando foi feito o projeto de uma praça
esportiva para a USP”, conta o professor Pascoal Luiz
Tambucci, assistente de comunicação do
Cepeusp. “Mas nunca houve a preocupação
em priorizar a formação de atletas. Sempre
se pensou no público interno”, arremata. |