texto: Daniel Fassa
foto: arquivo Dr. José Ribas Milanez de Campos

 

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O suor excessivo pode causar constrangimentos, mas tem cura

 

arquivo Dr. José Ribas Milanez de Campos
Equipe médica realiza simpatectomia torácica endoscópica bilateral, cirurgia para cura da hiperidrose.

 

 



Conheça detalhes importantes da cirurgia torácica que cura a hiperidrose

Nenhum procedimento cirúrgico tem uma taxa de sucesso de 100%. Entretanto, no caso da hiperidrose, são altas as taxas de satisfação. Dos pacientes atendidos pelos médicos da Clínica do Suor, 97% a 99% tiveram alívio do suor nas mãos, 90% a 95% apresentaram alívio do suor axilar e facial e 90% a 92% tiveram alívio do rubor facial. A ocorrência de palpitações no peito (taquicardia) em situações estressantes, como fazer apresentações em público, por exemplo, também foram consideravelmente reduzidas após a operação. Cerca de 4% ficaram, de alguma forma, insatisfeitos com o resultado final e 2% se arrependeram de terem sido submetidos à operação.

São raras as complicações cirúrgicas graves, que levam a algum risco de vida: 0,3% dos casos. Mas podem ocorrer outras mais simples, como pequenas hemorragias e vazamentos de ar dos pulmões. Na Clínica do Suor, menos de 0,5% dos pacientes tiveram problemas semelhantes, facilmente resolvidos. Cirurgias torácicas prévias, obesidade, idade avançada e outras doenças associadas reduzem as chances de sucesso da operação e aumentam o risco de complicações. Além disso, não se recomenda o tratamento cirúrgico para pacientes que estejam 15% ou mais acima do seu peso ideal.

Há, ainda, o risco de dois possíveis, mas raríssimos, efeitos colaterais: a queda da pálpebra superior, sem, contudo, prejudicar a visão (0,04% dos casos atendidos na Clínica do Suor); e a sudorese gustativa (suor facial provocado por odor ou sabor de alimentos condimentados) ocorrida em menos de 3% dos pacientes. Após a cirurgia, a freqüência cardíaca se reduz em cerca de 10%, sem causar nenhuma alteração clinicamente significante do ponto de vista do desempenho físico. Esse tipo de operação é contra-indicado para pessoas que apresentem problemas cardiopulmonares graves, infecções atuais, alterações da coagulação, neoplasias e obesidade.

Confira imagens de pessoas com hiperidrose nas axilas, nas mãos e nos pés no “Arquivo médico”.

 

   







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