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por Circe Bonatelli
Fotos por Cecília Bastos

 

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Foto crédito: Cecília Bastos
O estudioso das POFs, Heron do Carmo, observa que existe uma tendência de se aumentar os gastos com saúde pessoal (alimentação balanceada) e serviços para idosos (desde turismo até academias de ginástica)


Transporte coletivo no gargalo

Para a população que reside nas grandes cidades, se locomover rumo ao trabalho ou a outros centros é um desafio diário. E no caso das famílias mais pobres, a dificuldade se torna ainda maior pela escassez do transporte coletivo ou a impossibilidade de pagar o bilhete.

Para a população em geral, o martírio do trânsito não se restringe à clausura do asfalto poluído. A paciência e o bolso esvaziaram mais rápido com o aumento de 93% nos preços dos transportes coletivos entre os anos 2000 e 2005. Essa variação foi consideravelmente maior que a inflação geral medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no período, de 62%.

Para não ficar na mão, cada vez mais as famílias de baixa renda têm investido em veículos próprios. Quase sempre são carros velhos, em que o dono não paga imposto, foge dos gastos com manutenção e ainda dá um jeito de abastecer com álcool. No final, pode sair até mais barato que penar em coletivos.

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A renda ainda é um forte condicionante do consumo alimentar para grande parte dos brasileiros. Porém se há trinta anos o debate no País estava centrado na questão da fome e da subnutrição, atualmente também discute-se muito a escolha alimentar.

O novo desafio da saúde pública é lidar com a super e a má nutrição, decorrentes do consumo de alimentos inadequados - excessivamente calóricos, bombados no açúcar, gordura e sal.

Em grande parte, a escolha do que comer está relacionada aos chamados "padrões modernos". Leia-se aqui falta de tempo para fazer uma refeição equilibrada e exploração do alimento pelas indústrias como se fosse uma mercadoria qualquer, com direito a publicidade indiscriminada.

O costume da alimentação desregulada fora de casa, por exemplo, é típico das famílias formadas recentemente e/ou das instaladas nas metrópoles. São lares com pessoas que vivem sozinhas, têm mulheres trabalhando fora e presença de adolescentes. Mas vale a pena ressaltar que o hábito de comer fora não é condenável se houver qualidade das refeições.

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