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Comportamento
por Daniel Fassa

 

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Educar, vigiar e punir
Na batalha contra as mortes no trânsito, conscientização e imposição de limites caminham juntas

 

 

 


Responsável pelo Setor de Transportes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) do campus de Pirassununga, Limarque Donizete de Sá opina: "Acho que quem vai dirigir não deve beber nada."


Por tudo isso, as chances de uma pessoa embriagada causar acidentes são muito grandes. Carlos (nome fictício), funcionário da USP, dá o exemplo: por muito tempo, ele enfrentou o alcoolismo, até o dia em que, dirigindo embriagado com toda a família no carro, teve uma convulsão e sofreu um grave acidente. "Poderia ter matado toda a minha família. Todos se machucaram. Não gosto nem de lembrar", revela. Desde então, com a ajuda dos Alcoólicos Anônimos, ele não bebe mais.

No entanto, Carlos é uma exceção à regra. Segundo o I Levantamento Nacional Sobre os Padrões de Consumo do Álcool, "o típico indivíduo que dirige alcoolizado é alguém próximo de nosso dia-a-dia e passa longe do estereótipo do indivíduo dependente crônico de álcool". Os dados indicam que 46% dos homens e 14,1% das mulheres beberam e dirigiram pelo menos uma vez nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

Cerca de dois terços dessa população (indivíduos adultos que dirigem alcoolizados) já beberam depois de consumir três doses de álcool, ao menos duas ou três vezes no último ano. Esse consumo ultrapassa o limite estabelecido por lei no Brasil, que é de 0,6 grama de álcool por litro de sangue, equivalente a dois copos de chope ou a uma dose de whisky.

Limarque Donizete de Sá, responsável pelo Setor de Transportes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) do campus de Pirassununga, conta que não bebe, mas opina: "Acho que quem vai dirigir não deve beber nada". Ele ainda ressalta que está sendo desenvolvido em Pirassununga um trabalho de conscientização sobre o consumo de bebidas alcoólicas.

O quadro que se desenha mostra que, apesar da razoável quantidade de informações sobre os riscos de beber e dirigir, o consumo excessivo de álcool e os acidentes dele decorrentes têm sido uma constante no Brasil. Saiba como a psicóloga Maria Abigail de Souza analisa o fenômeno e conheça um pouco do trabalho de fiscalização e prevenção realizado pela Polícia Rodoviária Federal lendo a matéria "Educar, vigiar e punir".

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