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Perfil
por Daniel Fassa
Fotos por Francisco Emolo





Ivano Gutz, quando criança, no colo do bisavô Carl, imigrante alemão. Do seu lado direito, o pai, Rolf e, do esquerdo, o avô Heinrich

 

 


Além da ciência, Gutz também cultivava a música na adolescência. Na foto, ele aparece no centro, com sua banda Os Bolas, ao lado de Vera Fisher


Ivano Gutz, o professor que nasceu para ensinar e fazer experimentos

Há crianças que gostam de jogar bola, brincar de carrinho, andar de bicicleta. Ivano era diferente. Ele gostava mesmo é de fazer experimentos. Na sétima série, já participava de feiras de ciências da escola. Junto dos amigos do colegial, formou até um clube de construtores de foguetes. Tubos metálicos tirados de bombas de encher pneus de bicicleta serviam como corpo do "ônibus espacial". Os combustíveis? Os garotos desenvolviam com a combinação de substâncias que só os apaixonados por química conhecem. Algumas décadas depois, Ivano continua realizando experimentos, agora nos laboratórios do Instituto de Química da USP. Em 2007, ele foi condecorado com a Ordem Nacional do Mérito Científico por suas contribuições à ciência.

Ivano Gebhardt Rolf Gutz iniciou sua história de amor à ciência em Blumenau (Santa Catarina), cidade onde nasceu em 1951. Fez o primário em uma das boas escolas públicas da época. "Até lembro que a professora do terceiro ano primário dizia que, com a letra que eu tinha, eu jamais chegaria ao colegial", recorda-se. No científico, atual ensino médio, teve aulas com Alfredo Medeiros, hoje professor da UFRJ, com quem passava uma tarde inteira por semana no laboratório de química. "Por sorte eu encontrei amigos que também gostavam de fazer experimentos e os professores estimulavam. Nós formamos um clubinho, um grupo que construía foguetes. Experimentávamos diversos tipos de pólvoras de fabricação própria. Certa vez fui atingido por uma explosão e ainda guardo as cicatrizes dos estilhaços metálicos, removidos cirurgicamente", conta Gutz, que sempre gostou de ver a química na prática.

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