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Perfil
por Daniel Fassa
Fotos por Francisco Emolo

 

 


Gutz, em pé, com os braços cruzados, e seus colegas de graduação no Instituto de Química da Unesp de Araraquara, em 1972

 

 

 


Gutz e a namorada Mirian, atual esposa, em 1972

 


Oportunidades de matar sua curiosidade não faltaram. O garoto tinha trânsito livre na metalúrgica do pai e na Teka, empresa de fiação e tecelagem conhecida pelas toalhas. "Eu mexia nas chapas de aço, punha nos fornos, fazia chave de fenda, faca, essas coisas. Na Teka eles me deixavam olhar os processos e fazer minhas anotações, dar meus palpites. "E foi justamente nessas visitas que Gutz começou a descobrir sua vocação também para o ensino. Aos 17 anos, a convite de um dos gerentes da Teka, ele começou a dar aulas de Tecnologia dos Processos para os aprendizes. "Era legal porque eu ia lá, visitava cada setor, procurava entender, fazia uma apostilinha e depois ensinava para os meninos. Desde então, gosto do ensino também."

Terminado o segundo grau, Gutz partiu para a faculdade. Como o curso de Química era incipiente em Blumenau, completou o bacharelado em Araraquara, no atual Instituto de Química da Unesp. Lá, como ainda não havia pós-graduação, os pesquisadores trabalhavam com os graduandos, o que aumentava as chances de Gutz colocar as mãos na massa desde cedo, como preferia. Para o doutorado, o jovem cientista mudou-se para São Paulo e ingressou no Instituto de Química da USP, onde desenvolveria toda a sua carreira acadêmica.

Nessa fase, já casado, viveu algumas aventuras: "Na parte experimental da minha tese, eu dependia de um equipamento de outro grupo, que só me deixavam usar à noite, nos fins de semana e feriados. Então minha esposa vinha comigo, trazia livros, crochê e sanduíches e a gente morava aqui nos fins de semana". Com a chegada dos filhos, não podia ser diferente. "A gente vinha muitas vezes à USP para fazer piquenique. Eles andavam de bicicleta, o campus era aberto, e sempre dava para dar uma fugidinha, entrar um pouquinho no laboratório, botar algumas coisas em dia e depois retornar para casa", relembra Gutz, que, entre 1986 e 1987, fez pós-doutorado em Química Analítica Ambiental na Alemanha. Em 1992, tornou-se professor titular da USP.

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