por Talita Abrantes
Fotos por Cecília Bastos


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Segundo Paulo Diaz Rocha, valor de cada caneca do USP Recicla equivale ao preço de cerca de 80 copos descartáveis


A meta agora é reduzir o consumo


Programa USPRecicla estimula criação de projetos de desenvolvimento sustentável

Estima-se que 15 mil toneladas de lixo são produzidas todos os dias na cidade de São Paulo. Deste montante, segundo dados da Prefeitura, quase metade poderia ser submetida à reciclagem. Contudo, a coleta seletiva atinge apenas 1% dos resíduos gerados. No entanto, Paulo Diaz Rocha considera que a reciclagem é o último passo para a solução do problema. "O ideal é atacar o consumismo", observa.

Seguindo esta lógica, os focos das iniciativas do Programa USPRecicla são a educação ambiental e a diminuição dos resíduos produzidos na Universidade. Em 13 anos de trabalho, o programa alcançou todos os campi da USP e fomentou a consolidação de uma série de projetos sustentáveis nas unidades.

A substituição dos copos descartáveis por canecas plásticas é uma das iniciativas mais populares do programa. Produzidas no campus de São Carlos, as canecas são compradas pelo USPRecicla em parceria com as unidades interessadas.

Outras ações do programa são as campanhas pelo uso da frente e verso dos papéis, e de estímulo a compra dos "envelopes vai-e-vem". "Não se trata apenas de ecologia, mas de economia do dinheiro público também", percebe Rocha.

Nos campi do interior, as tradicionais "feiras da barganha" garantem a reutilização de utensílios que seriam descartados. Promovidas geralmente durante a semana do meio ambiente, as feiras possibilitam que "os participantes troquem objetos entre si", explica Rocha.

O objetivo do programa agora é fomentar a implantação de uma política ambiental que contemple toda a Universidade. Rocha acredita que não são necessárias grandes obras, mas planos pontuais que estimulem o respeito ao meio ambiente no cotidiano da USP. A instalação de pias no interior dos restaurantes universitários para lavagem das canecas é exemplo disso. "É um projeto simples que garante suporte para outra iniciativa", comenta. Os campi do interior, a Faculdade de Saúde Pública e Faculdade de Enfermagem já têm pias em seus restaurantes.

 

 
 
 
 
 
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