por Talita Abrantes
Fotos por Francisco Emolo, Jorge Maruta e Marcos Santos

Ciclismo pode acelerar remoção do colesterol ruim

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Foto crédito: Jorge Maruta
Praticar ciclismo duas horas por dia, três vezes por semana, já é suficiente para os resultados

 

Foto crédito: Francisco Emolo
“A idéia era mostrar os efeitos de um exercício que pode ser adaptado no dia-a-dia”, diz Carmen Vinagre, coordenadora da pesquisa

 


Estudo do Instituto do Coração aponta que metabolismo do LDL é cinco vezes mais rápido em praticantes do esporte

Para quem gosta de andar de bicicleta, uma boa notícia: ciclismo pode acelerar o metabolismo da partícula que transporta o colesterol ruim, o LDL (lipoproteína de baixa densidade). È o que aponta pesquisa feita no Laboratório de Metabolismo de Lípides do Instituto do Coração (Incor).  De acordo com o estudo coordenado pela dra. Carmen Vinagre, em comparação com sedentários, o LDL foi removido cinco vezes mais rápido do sangue dos ciclistas.

Apesar de visto com maus olhos pelos leigos, o colesterol é fundamental para as atividades celulares. O problema, segundo a pesquisadora, é quando há altas taxas de LDL transitando pelo sangue. “Quanto mais tempo esta lipoproteína fica na circulação, maior a chance de ser oxidada por radicais livres”, ensina Carmen.

Uma vez oxidadas, essas partículas não são mais reconhecidas pelos receptores da célula. A partir de então, elas entram nas artérias e são captadas pelos macrófagos, células que, nas palavras da pesquisadora, funcionam como uma lixeira dos elementos estranhos do corpo. Em condições adequadas, estas células atuam na proteção do organismo. Contudo, quando carregadas de colesterol contribuem para a formação da placa de gordura nas artérias sangüíneas. “Essa placa obstrui o fluxo sangüíneo e pode provocar infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais”, aponta a especialista.

Por outro lado, Carmen explica que grande concentração de lipoproteínas de alta densidade (HDL) no sangue pode demandar a reversão deste processo. Segundo a pesquisadora, o HDL retira o colesterol das paredes das artérias e inibe a oxidação do LDL. Para completar os benefícios do ciclismo, a pesquisa também comprovou que pedalar aumenta os níveis de HDL do sangue e diminui pela metade as taxas de oxidação do LDL.

Outro estudo liderado pela especialista mostrou que esse tipo de exercício também acelera o metabolismo da gordura ingerida na alimentação. Os níveis de triglicéride diminuíram três vezes mais rápido do sangue dos ciclistas. De acordo com a professora, pedalar duas horas por dia, três vezes por semana, já é suficiente para estes resultados.

 

 
 
 
 
 
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