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Perfil

Por Rosemeire Talamone, especial de Ribeirão Preto


 

 

 

 


O professor regendo uma apresentação dos alunos do Departamento de Música de Ribeirão Preto durante as festividades em comemoração aos 15 anos do Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas


O professor aponta um abismo cada vez maior que separa a música enquanto arte, ou seja, do universo musical da "écriture", ou "escritura", um conceito de Jacques Derrida, que cita com seu lógos grafocêntrico, mantida pelas universidades que abrigam os compositores de fato, da música mediana da indústria cultural. "A criação musical sobrevive ainda no século 21 porque as universidades a viabilizam, assim como no passado os compositores trabalharam para a Igreja ou para as Cortes. A profissão do músico realmente artista – principalmente de compositor, já teria sido extinta se não fosse a universidade." Segundo Ricciardi, "a atividade de um DJ, por exemplo, nada tem a ver com a música enquanto obra de arte. O DJ não é colega, não é profissional do mesmo ofício que o nosso". Para Ricciardi, "na universidade as artes têm uma contribuição muito grande para dar, não só na criação, mas na pesquisa. A arte não é descrição da história, ela é a própria história".

Perguntado sobre seu hobby predileto, uma vez que sua profissão é o hobby de muitos, surpreende: "Gosto muito de assistir aos jogos do meu time de futebol, o Comercial de Ribeirão Preto, no Estádio Palma Travassos, e sempre em companhia de meu compadre, o também compositor Zé Gustavo Julião. Mesmo na segunda divisão, somos torcedores apaixonados e outro time não temos – fora, é claro, a Seleção Brasileira".

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