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por Maria Clara Matos
foto por Cecília Bastos

 
Arte sobre foto de Marcos Santos

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Embora poucos saibam, os resíduos gerados por materiais eletrônicos podem ter um fim ecologicamente correto


Apesar da aparente inocência, os resíduos de microcomputadores e eletroeletrônicos em geral causam danos à saúde e ao meio ambiente

Mercúrio, chumbo, cromo hexavalente, cádmio e cloreto de polivinila. Os nomes são difíceis, mas os danos ambientais e à saúde humana que esses elementos podem causar já são facilmente identificados. São resíduos presentes em tubos de imagens de monitores e televisores, baterias de celulares e placas de computadores.

Angela Cássia Rodrigues, pesquisadora da USP cujos estudos centram-se na cadeia pós-consumo dos resíduos elétricos e eletrônicos, destaca que “as principais características comuns à maioria dos equipamentos, e que dificultam sua eventual reciclagem são: a grande diversidade de materiais presentes em um mesmo produto e a utilização massiva de substâncias químicas consideradas perigosas”.

Citando o Banco de Informações toxicológicas da ATSDR – Agency for Toxicy Substances and Disease Registry, Angela destaca que o cádmio, por exemplo, danifica os pulmões, podendo causar doença do rim, além de ser considerado carcinogênico. Já o chumbo apresenta efeito cumulativo no ambiente e produz elevados efeitos tóxicos e crônicos em plantas, animais e microrganismos. Nos seres humanos pode levar a danos nos sistemas nervoso e endócrino, além de interferir em processos genéticos causando câncer.

No entanto, a especialista enfatiza que é necessária uma reflexão mais ampla sobre a questão desses tipos de resíduo e “não somente do ponto de vista de seus resíduos e de seu potencial de contaminação na etapa pós-consumo”. Ela destaca: “Devemos começar nos questionando a alta taxa de descartabilidade, os motivos que nos levam a gerar tanto lixo dessa natureza: Serão os apelos do marketing? Será a inviabilidade do conserto? Será a obsolescência tecnológica?”.

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