Protetores de ouvido com filtro de fala. Os custos podem variar de R$ 100 a R$ 800
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A fonoaudióloga da Audicare, Katya Freire, conta que também percebe um zumbido depois de ser exposta a um nível muito alto de estresse. "No final de dias muito atribulados eu ouço aquele apito", descreve. Por conta desse fator, além de má alimentação e poluição sonora, nos últimos quatro anos o número de jovens e crianças com zumbido atendidas no ambulatório coordenado por Tanit no HC aumentou. "Até 2004 nós só atendíamos pessoas mais velhas. Eu estava até me conformando a trabalhar apenas com a terceira idade", conta. Essa diminuição da faixa etária, de acordo com a especialista, está ligada aos maus hábitos de vida dos jovens, como consumo de alimentos ricos em gordura, exposição a poluição sonora e problemas emocionais.
A boa notícia é que em boa parte dessas causas, quando tratadas, o zumbido pode estabilizar ou até diminuir. A dica é não adiar a ida ao médico assim que o primeiro ruído aparecer. "Imagine um paciente que tem zumbido à 5 anos quando faz a primeira consulta. Com todo este tempo, você já supõe que o quadro é crônico, mais difícil de tratar", exemplifica Tanit.
"O zumbido é mais comum que cegueira, aids, diabetes", observa a médica. "E envolve um sofrimento absurdo. As pessoas não dormem direito, ficam deprimidas, não se concentram, às vezes até têm sua vida social e profissional limitadas". Cultivar hábitos saudáveis é a estratégia para que o ruído não chegue aos seus ouvidos. Confira abaixo as principais ações de prevenção:
Você é o que você come. Evite alimentos ricos em cafeína, como café, chá preto e refrigerantes, doces e gordura.
Nada como o silêncio. Fique atento para o nível de barulho que chega aos seus ouvidos. Não fique exposto a volumes além do tempo considerado seguro (confira a tabela de decibéis aqui). Outras dicas na matéria Abaixe o volume!.
Dê um tempo para você mesmo. Procure atividades que ajudem a relaxar e a equilibrar o estresse do dia-a-dia. |