Cartas
e Duplos
A Editora
da Universidade de São Paulo tem duas opções.
Uma delas é Carta e Literatura (176 págs., R$ 25,00),
dissertação de mestrado da falecida Sophia Angelides,
agora publicada sob a responsabilidade do crítico Boris Schnaiderman,
seu ex-orientador. Trata-se da correspondência entre os autores
russos Antón P. Tchékhov (a quem a autora dedicou
toda sua pesquisa em vida) e Máximo Gorki. Outro lançamento
é O Ator e seus Duplos (co-edição Senac,160
págs., R$ 25,00, ilustrado), da professora, dramaturga e
diretora Ana Maria Amaral. Reconhecida por sua pesquisa no campo
dos bonecos, máscaras e objetos como possibilidades de encenação,
a autora analisa as semalhanças e diferenças do ator/personagem
e ator/manipulador.
Stanislávski,
Meierhold & Cia.
Professor
de Estética do Teatro na ECA/USP, Jacó Guinsburg há
tempos planejava publicar um trabalho sobre as três primeiras
décadas do teatro russo no século 20. Após
inúmeros artigos em jornais e revistas universitárias,
foi possível organizar o livro Stanislávski, Meierhold
& Cia. (Editora Perspectiva, 334 págs., R$ 40,00), totalmente
dedicado ao tema. O autor esmiuça a obra de Konstantin Stanislávski
e Karl-Theodor-Kasimir Meierhold, maiores expoentes do teatro russo
de então, bem como as realizações de Komissarjévski,
Evrêinov, Taírov e Grotóvski, entre outros.
Stanislávski, Meierhold & Cia. faz chegar a 170 o número
de livros publicados pela Perspectiva em sua coleção
Estudos.
Relações
em 4 Idiomas
O Dicionário
Brasileiro de Relações Internacionais, lançado
este ano, apresenta os termos mais empregados em negociações
internacionais, em quatro idiomas: francês, espanhol, inglês
e português. O livro editado pela Oficina de Textos (768 págs.,
R$ 72,00) traz, em cerca de 25 mil termos e expressões, a
linguagem técnica utilizada em administração
e gerenciamento de operações bancárias e financeiras,
tanto no ambiente jurídico como do comércio exterior.
Indispensável para melhor se conduzir no âmbito das
negociações nas quais o Brasil está envolvido,
como a Alca e a União Européia. No primeiro bloco,
de A a Z, estão relacionados 6.302 termos identificados primeiro
em francês e, em seguida, nos outros idiomas. Basta procurar
o verbete por ordem alfabética no idioma desejado, e um número
indicará onde encontrar o equivalente nas outras línguas.
Lendas
Indígenas
O
Princípio do Mundo, O Roubo do Fogo, Origem
das Estrelas, História do Guaraná,
O Jabuti e a Raposa, Como a Noite Apareceu
e Lenda de Mani estas duas últimas recolhidas
por Couto de Magalhães e publicadas em 1876 em O Selvagam
, além de muitas outras lendas estão na coletânea
Lendas do Índio Brasileiro (Ediouro, 300 págs., R$
9,80, ilustrado), organizado pelo historiador Alberto da Costa e
Silva. A obra é uma riquíssima seleção
de literatura oral, reunindo mitos cosmogônicos, histórias
de animais, heróis civilizados, virgens, jogos de poder,
vinganças, poções, feitiços... São
histórias que inspiraram escritores, como Mário de
Andrade e Raul Bopp e que ainda hoje continuam a inspirar novos
autores.
Amor
à Ciência
Bertrand
Russell, Ludwig Wittgenstein, Karl Popper, Gaston Bachelard, Carl
Hempel, Hilary Putnan. Todos nomes que figuravam na chamada filosofia
da ciência, cujo objetivo era compreender como o conhecimento,
em particular o conhecimento científico, se forma e evolui.
Hoje, é difícil afirmar que ainda exista essa filosofia,
dado o assalto do relativismo. Mas no livro A Arte de Amar a Ciência
(Editora Unisinos, 192 págs., R$ 31,00), o autor Pascal Nouvel,
doutor em biologia e filosofia e professor da Universidade Denis
Diderot Paris 7, quer entender por que um pequeno grupo de homens
no mundo se dedica à prática da ciência e as
razões profundas que levam um indivíduo a se dar totalmente
a essa arte.
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