NESTA EDIÇÃO

   

   
   





O
relatório divulgado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo - 2001, que traz dados referentes à pesquisa no Estado de São Paulo entre 1989 e 1998, aponta que a USP concentra cerca de 25% de toda a produção científica nacional. A contribuição da Unicamp e da Unesp, as outras duas universidades estaduais paulistas, ficou em torno de10% e 6%, respectivamente, em 1999. O dossiê foi publicado na terça-feira dia 7.
Contudo, as produções científicas que contam com participação da USP não ficam restritas ao espaço físico da Universidade. “Muitos alunos (pesquisadores) saem da USP e realizam trabalhos em outras universidades, o que significa que, de alguma forma, há uma relação com a instituição da qual faziam parte”, pondera o pró-reitor de Pesquisa da USP, Luiz Nunes de Oliveira. “Eu vejo isso de maneira muito positiva”, completa, referindo-se ao processo de descentralização das atividades que envolvem pesquisa e tecnologia.
Outra questão levantada por Nunes diz respeito aos investimentos públicos e privados. Ele explica que há dois tipos de contribuição para a realização de uma pesquisa: o primeiro, mais comum, envolve investimentos federais ou estaduais, que objetivam resultados científicos; o segundo é normalmente feito por empresas que buscam soluções para determinados problemas, ou avanços tecnológicos. Isso implica resultado prático mais evidente. Os pesquisadores estariam então encarregados de realizar um trabalho mais direcionado e de acordo com o interesse daquelas empresas.
Desde 1995, busca-se no Brasil uma maior cooperação entre os investimentos públicos e os privados, o que é muito comum em países da Europa e nos EUA. Nesse sentido, a participação da Fapesp tem grande importância, uma vez que a instituição é responsável pela maior parcela dos investimentos, e conseqüente articulação, das pesquisa no Estado de São Paulo.
Por outro lado, o fato de a USP contribuir com um quarto das pesquisas do Brasil não é nenhuma surpresa, pelo menos para os mais familiarizados com os círculos acadêmicos. Luiz Nunes de Oliveira afirma que o número tem se mantido estável há muitos anos, mesmo diante da crescente descentralização das atividades de pesquisa e tecnologia. “Mas isso não significa que a quantidade absoluta de pesquisas da USP não venha aumentando nos últimos anos. Ao contrário, é cada vez maior o número de trabalhos publicados que envolvem o nome da Universidade. A participação em relação ao total nacional é que se mantém estável”, destaca o pró-reitor.
 




ir para o topo da página


O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]