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A idéia é organizar a platéia como no Centro de San Diego, Califórnia

Painéis móveis dividirão a sala de exposições como no projeto de Carlos Ferrater no Centro de Barcelona


Paulo Bruna: pesquisa detalhada


2, 3 e 4 - Projeto em desenvolvimento: o Centro de Convenções terá 12 mil metros quadrados

Parecia Centro de Convenções da USP tão reivindicado por todas as unidades começa a ser projetado. Nas pranchetas da equipe de Paulo Bruna, arquiteto e professor da FAU, estão sendo delineadas as linhas de uma construção que pretende ser uma das mais arrojadas da cidade. A meta da Universidade é oferecer um espaço digno das conferências, seminários, exposições e eventos nacionais e internacionais com toda a infra-estrutura necessária.
Além de auditórios, salas de apoio, lanchonetes, contará com áreas onde as pessoas terão toda a tranqüilidade para trocar idéias nos intervalos das programações. Junto desse edifício, está sendo planejado também um hotel-escola para o desenvolvimento das atividades do curso de Hotelaria que a ECA pretende implementar no futuro.
“Na USP ocorrem mais de mil eventos importantes por ano”, explica Paulo Bruna. “E não há um lugar próprio para acomodá-los. Muitas vezes, as unidades os apresentam em outros espaços da cidade e os professores e estudantes acabam tendo dificuldades para se locomover ou nem ficam sabendo dessas programações. Daí a importância da construção de um local que pudesse concentrá-las.”
O Centro de Convenções da USP será instalado na avenida Professor Lineu Prestes, próximo da Praça do Pôr-do Sol e da Faculdade de Medicina Veterinária. Terá uma área total de 12 mil metros quadrados, mas cerca de 3.136 metros quadrados serão reservados para estacionamentos.

Espaço para eventos simultâneos

Quando o público entrar no prédio, irá se deparar com um grande hall e uma área especial para exposições. Poderá optar também por apreciar um cafezinho em duas lanchonetes devidamente acolhedoras e elegantes que ficarão nas extremidades do edifício. No pavimento térreo, haverá, ainda, um auditório para 800 lugares e mais outros dois para 100 e 150 lugares. Terá também salas de projeção, de vídeo-conferência, camarins e outras áreas de apoio. “Este centro irá permitir que ocorram eventos simultâneos”, observa Paulo Bruna.
No pavimento superior terão salas modulares agrupáveis para reuniões e salas para administração. E no pavimento inferior ficarão os depósitos, refeitórios e escritórios de terceiros. Interligado a esse prédio, haverá um outro edifício de linhas igualmente modernas destinado ao Hotel-Escola da USP. Terá 12 andares que abrigará 200 apartamentos. “O Fundusp já está encaminhando a licitação para o estudo de viabilidade do hotel”, explica a arquiteta Neide Cabral. “Esta é uma antiga aspiração da Universidade, que não tem como acomodar os professores que vêm para os congressos. Este projeto irá atender também os alunos do curso de Hotelaria que a ECA planeja abrir no futuro.”
A equipe de Paulo Bruna está desenvolvendo uma pesquisa nos centros de convenções que existem na Europa e nos Estados Unidos, buscando aliar tecnologia ao design. “Em uma grande sala de exposições é importante conferir flexibilidade e mobilidade aos espaços”, afirma o professor. “Pretendemos instalar painéis móveis que possam ser recolhidos ou abertos, dependendo da necessidade do evento. Vamos procurar desenvolver um recurso semelhante ao utilizado no centro de convenções de Barcelona, projetado por Carlos Ferrater.”
Esses mesmos painéis móveis podem diminuir o espaço da platéia. Quando o evento for para um público menor, as poltronas em excesso ficam escondidas por estas divisórias. “O projeto do Centro de Convenções ainda vai ser muito repensado. Iremos estudar e analisar cada detalhe”, diz Paulo Bruna. “Estamos ainda na fase inicial e há muito para se discutir.”
A obra é uma das prioridades da gestão do reitor Adolpho José Melfi e do Plano Diretor da USP. “Esta construção deve ficar pronta nos próximos três anos. Ficará ao lado do Parque dos Museus que irá reunir todos os museus da Universidade.”
Entre os professores que acompanham satisfeitos o planejamento do Centro de Convenções está Erney Plessmann de Camargo, diretor do Instituto Butantan. Desde 1993, quando atuou como pró-reitor de Pesquisa, vem defendendo essa reivindicação. “A instalação de um centro de convenções é uma necessidade diante da grande quantidade de eventos e muitos são realizados fora do campus”, lembra. “Temos ocupado espaços como, por exemplo, a Sala São Paulo. Acho que a USP e a própria cidade necessitam de um local deste porte.” Plessmann acentua que o Instituto Butantan está dando total apoio ao projeto. “Esperamos também contar com o governo estadual, municipal e também com a iniciativa privada.”

 




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