Um
dos destaques da editora é o livro História da Cidadania
(592 págs., R$ 59,90), que reúne 24 autores entre
historiadores, economistas, filósofos, sociólogos,
antropólogos, geógrafos, advogado e escritor para
explicar a origem da noção de cidadania, as lutas
pela inclusão social ao longo da história e como é
exercida hoje. São textos inéditos de Pedro Paulo
Funari, Leandro Konder, Oswaldo Coggiola e Paul Singer, e também
dos organizadores Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky, entre outros.
Além deste lançamento, a editora traz outros livros,
entre eles Como Usar o Cinema na Sala de Aula (249 págs.,
R$ 31,90), de Marcos Napolitano, obra de apoio para professores
que descreve os procedimentos básicos para analisar um filme,
indicando diversas atividades práticas, com sugestões
de títulos e abordagens por disciplina ou temas transversais;
e Ecoturismo no Brasil (136 págs., R$ 23,90), organizado
por Adyr Balastreri Rodrigues e escrito por especialistas no tema,
discute a forma como o ecoturismo vem sendo praticado no País,
analisa modelos mundiais e propõe novos rumos para sua exploração
racional.
O Pantanal
é retratado pelo fotógrafo Araquém Alcân-tara
em livro que reúne 130 fotos coloridas. Pantanal (192 págs.,
R$ 100,00), obra bilíngüe, pretende contribuir para
a preservação da natureza e também homenagear
o homem pantaneiro, que há 200 anos habita o local e desenvolveu
uma visão própria de conservação. Além
das imagens, o livro traz textos de nomes consagrados da literatura,
como Manoel de Barros, um dos grandes poetas brasileiros vivos,
que assina a apresentação e também o texto
de encerramento; de Antônio Paulo Pavone, com “O Mar
de Xaraés”, que apresenta as características
físicas, geográficas e ambientais da região,
além de falar sobre os primeiros índios que habitaram
o local; e ainda Abílio Leite de Barros, autor de “O
Jeito Pantaneiro de Ser e Viver”, em que relata como “causos”
o cotidiano do homem pantaneiro e sua cultura. A editora também
lança o Michaelis Dicionário de Phrasal Verbs Inglês-Português
(256 págs., R$ 36,90), que traz todos os phrasal verbs, composto
de um verbo mais uma ou duas preposições (geralmente
essa formação ganha um significado diferente do verbo
original sem a preposição).
O 24o
título da coleção Todos os Cantos apresenta
A Era dos Festivais: Uma Parábola (528 págs., R$ 54,00),
de Zuza Homem de Mello, que mapeia o período entre 1960 e
1972, desde o primeiro festival da TV Record, a Festa da Música
Popular Brasileira, ao VII FIC (Festival Internacional da Canção,
da TV Globo). A obra traz importantes revelações sobre
o ambiente no qual surgiram os maiores nomes da MPB, com imagens
ainda hoje na memória de muitos e que ainda ressoam na música,
como Elis Regina rodando os braços em “Arrastão”;
“A banda”, de Chico Buarque, empatando com “Disparada”,
de Théo de Barros e Geraldo Vandré; Caetano Veloso
discursando na apresentação de “É proibido
proibir”; e muitas outras (ao mesmo tempo em que o livro é
lançado sai uma seleção de gravações
de Zuza Homem de Mello em CD duplo com selo da Universal Music).
A editora também traz a tradução de Vadim Nikitin
para Duas Narrativas Fantásticas – A Dócil e
O Sonho de um Homem Ridículo (128 págs., R$ 23,00),
de Dostoiévski, pequenas obras-primas situadas entre o conto
e a novela, que foram publicadas pela primeira vez na revista mensal
Diário de um Escritor.
Livro
ao mesmo tempo de e sobre Guimarães Rosa, João Guimarães
Rosa – Correspondências com seu Tradutor Italiano (208
págs., R$ 16,00), de Edoardo Bizzari, ganha nova edição
depois de muitos anos longe das livrarias. A troca de cartas entre
o escritor e Bizzari no período de 1959 a 1967 (sendo a maior
parte de 63/64) a respeito da tradução para o italiano
de Corpo de Baile explicita o processo de criação
de Rosa, mostrando como ele criava neologismos, expressões
e personagens. Essa rica correspondência foi editada apenas
duas vezes: em 1972, pelo Instituto Cultural Italo-Brasileiro, e
em 80, em co-edição do instituto e da T.A. Queiroz
Editor. Nessa terceira edição é mantida a grafia
do escritor, e nas referências a páginas e linhas da
primeira edição de Corpo de Baile, foram acrescidos
os números das páginas e linhas correspondentes às
novas edições, o que possibilita aos leitores localizar
as passagens comentadas, já que o livro é artigo de
colecionadores. Em breve, a editora vai lançar a inédita
correspondência de Guimarães Rosa com seu tradutor
alemão Curt-Meyer Clason.
O Guia
de Direitos Humanos: Fontes para Jornalistas (368 págs.,
R$ 39,00), co-edição da Cortez/Andi/Conectas, reúne
157 instituições que trabalham com os mais variados
temas dos direitos humanos, desde o direito à educação
e à moradia ao combate ao racismo. Traz ainda textos para
subsidiar o repórter na compreensão dos vários
elementos envolvidos na temática dos direitos humanos, dicas
de sites e revistas especializadas e um glossário com os
termos mais utilizados. Intelectuais: Sociedade e Política,
Brasil-França (256 págs., R$ 31,00), de Elide Rugai
Bastos, Marcelo Ridenti e Denis Rolland, compõe-se de três
partes: Intelectuais franceses e pensamento social brasileiro, séc.
19; Estado Novo e os intelectuais como protagonistas políticos;
e Intelectuais: pensamento e ação política
de esquerda. A obra também contempla três períodos
distintos de atuação dos intelectuais: a segunda metade
do século 19, o período compreendido entre 1930 e
1945 e a segunda metade do século 20.
A editora
festeja os 30 anos da edição do livro As Meninas (288
págs., R$ 33,00), de Lygia Fagundes Telles, que ganhou dois
grandes prêmios: Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras,
e de melhor romance pela Associação Paulista de Críticos
de Arte (APCA), além de ser eleito, em 1998, como um dos
50 melhores romances do século por um júri formado
por oito grandes nomes da literatura nacional. Lançado no
auge do governo Médici, o mais duro do regime militar, a
obra denuncia os desmandos e a tortura que aconteciam nos porões
da ditadura. A obra já ganhou versões para o teatro
e uma versão popular para o cinema em 1995, dirigida por
Emiliano Ribeiro, com Adriana Esteves, Drica Moraes e Cláudia
Liz e, em breve, deve voltar aos palcos, numa montagem dirigida
por Marcelo Andrade, com Nívea Stelman, Alessandra Raed e
Adressa Koetz, revivendo as três amigas. Outro destaque da
editora é o segundo volume de Mulheres Alteradas (80 págs.,
R$ 32,00), da cartunista argentina Maitena sobre situações
do cotidiano feminino, que teve sua primeira edição
esgotada rapidamente e liderou a lista dos mais vendidos.
Dois
lançamentos da editora estão pautados na obra de Machado
de Assis. No primeiro, A Formação do Nome –
Duas Interrogações sobre Machado de Assis (276 págs.,
R$ 34,00), o crítico português Abel Barros Baptista
faz uma revisão da literatura machadiana. O autor examina
dois momentos decisivos na formação do nome de Machado
de Assis enquanto romancista: o confronto com o problema da nacionalidade
literária e o da invenção da singularidade
romanesca, analisando sob esse prisma o ensaio “Instituto
de Nacionalidade” e o livro Memórias Póstumas
de Brás Cubas. Já a obra Autobibliografias –
Solicitação do livro na ficção de Machado
de Assis (608 págs., sem preço definido), também
de Abel Barros Baptista, pressupõe a discussão atual
sobre o destino do livro e nela intervém ao tratar da relação
do romance enquanto gênero literário moderno com a
noção de livro (a noção que herdou e
a que se reconfigurou com a invenção da tipografia).
Para isso faz várias leituras de Cervantes, Laclos, Rousseau,
Flaubert, Melville, Borges, e claro, Machado de Assis.
Alguns
dos lançamentos da editora propõem leituras leves.
O livro Zico – 50 Anos de Futebol (240 págs., R$ 30,00),
de Roberto Assaf, Roger Garcia e Arthur Coimbra (Zico), é
uma biografia do maior craque da história do Flamengo no
momento em que ele completa 50 anos (a capa se transforma em pôster
ilustrando os seus principais momentos). É também
sobre os 50 anos, só que da Escola de Samba carioca Salgueiro,
o livro Salgueiro – 50 Anos de Glória (336 págs.,
R$ 32,00), de Haroldo Costa, que conta a história da escola
com fotos, letras e partituras de sambas-enredo dos carnavais. Millôr
Fernandes comparece com o livro de humor 100 Fábulas Fabulosas
(preço ainda não definido), em que fala da realidade
brasileira e da condição humana através de
histórias inéditas. E ainda Sobre Literatura (308
págs., R$ 38,00), de Umberto Eco, que traz textos que ensinam
a ler e compreender grandes mestres da literatura, como Aristóteles,
Borges e Oscar Wilde, revelando os bastidores desses clássicos.
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