Ampliar
a visibilidade da geologia, profissão que, apesar de já
existir na USP há quase 50 anos, continua pouco conhecida.
É esse o objetivo da 1a Feira Nacional de Fornecedores e
Empresas de Geologia (Fenafeg), organizada pela empresa júnior
do Instituto de Geociências (IGc) da USP. Integrando a Semana
do Geólogo, os eventos incluem palestras e mini-cursos com
profissionais de universidades e de grandes empresas, e ainda estandes
para recrutamento de estagiários, além de exposições.
“Queremos
trazer empresas para a Universidade para mostrar que os estudantes
estão interessados nesse mercado”, explica Giselle
Chissini, estudante que em seus cinco anos no IGc esteve sempre
envolvida com pesquisas de iniciação científica
e agora, ao organizar a feira, está recebendo diversas propostas
de estágio. “Com a feira, a instituição
se abre para a comunidade, que pode conhecer mais sobre o geólogo”,
acrescenta o diretor da unidade, o professor Wilson Teixeira, esclarecendo
o que faz esse profissional: busca recursos naturais – petróleo,
água, minérios e gás, entre outros –
e se preocupa com a preservação do meio ambiente.
Aliás,
a área ambiental é a que mais cresce na geologia.
Por isso, questões fundamentais do meio ambiente, como contaminação
e gestão das águas, impactos da mineração
e a disposição do lixo nas cidades, serão discutidas
nas palestras simultâneas à feira. Mas a cada uma das
outras áreas de estudo (divididas em Hidrogeologia, Mineração,
Geotecnia e Petróleo) também foi reservado um dia
para debates. No dia 27 de maio é a mineração,
os impactos que ela causa ao meio ambiente e seu contexto político
e tecnológico que ganham maior espaço. Acontece ainda
a palestra “Brasil Geológico”, com Aldo Rebouças,
professor aposentado da USP e estudioso da seca no Nordeste. No
dia 28, predominam análises sobre o uso da água e,
no dia 30, sobre a exploração do petróleo.
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Exposições
– Paralelamente à feira, importantes objetos de estudo
da geologia estarão expostos no IGc. Um deles é a
réplica de um pterossauro brasileiro, uma espécie
voadora de cerca de 110 milhões de anos, da região
do Ceará. “É o único esqueleto de pterossauro
exposto na cidade de São Paulo. Só há outro
no Rio de Janeiro”, contextualiza o professor Luiz Eduardo
Anelli, que junto à Fundação Vitae construiu
a réplica em tamanho natural, com quase 6 metros de comprimento,
que está “pendurada” no teto do edifício.
“O objetivo é estimular o entretenimento científico
para os estudantes e a população”, afirma Anelli.
Também instrumentos utilizados pelos primeiros geólogos
da USP, quando o instituto ainda ficava no Centro, na alameda Glete,
podem ser vistos: máquina fotográfica, caderneta de
anotações e microscópios antigos, entre outros
utensílios de trabalho datados desde a década de 30.
A
Fenafeg abre no dia 26 de maio, às 14h, e vai até
o dia 30, das 8h30 às 20h, no Instituto de Geociências
da USP (r. do Lago, 562, Cidade Universitária, tel. 3091-4295).
Para as palestras da Semana do Geólogo, é necessária
inscrição prévia pelo site www.fenafeg.com.br,
onde também é encontrada a programação
completa da semana. As palestras acontecem das 9h às 12h
e das 14h às 20h, com intervalos, e têm vagas limitadas
(de 100 a 125 por palestra). Entrada gratuita para todos os eventos.
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Reprodução
gráfica e réplica de um pterossauro brasileiro
no edifício do IGC |
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