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DEBATE |
Educação é mercadoria? |
A Universidade de São Paulo está discutindo um projeto
alternativo à proposta da Organização Mundial
do Comércio, que pretende transformar a educação
em mercadoria a ser negociada livremente pelos signatários
do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (Gats).
O assunto foi debatido dia 2 em seminário organizado pela
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária,
na FEA. Um dos itens da proposta da OMC que mais preocupam a academia
e os pesquisadores refere-se à educação de
nível superior, à política de subvenção
dos governos nacionais nesse setor e às alíquotas
fixadas para os impostos cobrados sobre a remessa de lucros. “Precisamos
pensar a educação relativa à soberania, à
identidade nacional e aos direitos fundamentais. O problema da legislação
brasileira é a preservação desses três
aspectos sem a perda da internacionalização do saber,
que, sem dúvida, seria um retrocesso político, institucional
e jurídico”, adverte Nina Ranieri, secretária-geral
da USP. Mas há também quem defenda a proposta da OMC.
“O escândalo é fora de propósito porque
o ensino foi mercadoria desde a gênese da educação
formal, na Grécia antiga. A questão é negociar
até que ponto o Estado é soberano para determinar
as políticas públicas de educação”,
diz o filósofo José Arthur Gianotti, do Cebrap. Em
outro encontro, na Faculdade de Educação, o presidente
do Inep, Otaviano Helene, disse que o Ministério da Educação
está aperfeiçoando o sistema de avaliação
de alunos e instituições e que o acompanhamento das
condições de ensino tem prioridade sobre o Provão.
internacional>>
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COMPORTAMENTO
As
novas formas de amar
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Se o homem
é um animal que se casa, como o define um professor do Instituto
de Psicologia, de duas uma: mudou o homem ou mudou o casamento.
Porque, segundo o IBGE, na última década o número
de uniões formais, no papel, caiu 30% e os divórcios
aumentaram proporcionalmente. Mas novas formas de amar apareceram:
namoros via Internet, uniões “abertas” e até
noivados combinados a centenas de quilômetros de distância.
É o fim do modelo único de relacionamento. especial>> |
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Redução
de recursos preocupa cientistas
OA comunidade
acadêmica está preocupada com a decisão do governo
federal de reduzir verbas e retirar atribuições do
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, órgão
formado por cientistas que assessora o Ministério da Ciência
e Tecnologia. “Esse esvaziamento de funções
sinaliza indefinição e até uma falta de política
estratégica para a área”, disse o reitor Adolpho
José Melfi, informando que a Universidade receberá
o ministro Roberto Amaral na próxima reunião do Conselho
Universitário, dia 16, quando o assunto será analisado.
universidade> |
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VAMOS em
DESTAQUE |
Nascente
em dose dupla
O Projeto Nascente aparece com uma retrospectiva de filmes vencedores
desde sua criação em 1991 até hoje, com destaque
para Casa de Cachorro (foto), de Thiago Villas Boas, sobre o cotidiano
de moradores de uma favela, que constroem casinhas de cachorro para
vender. E um roteiro de concursos, que além do Nascente traz
prêmios nas áreas de artes plásticas, literatura
e cinema. |
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Roteiro
de cursos
São vários, entre eles dois novos cursos de especialização
em Publicidade e Mercado, oferecidos pela USP na ECA, na capital,
e no Isca, em Limeira. Há também um curso sobre as jóias
brasileiras, hoje reconhecidas mundialmente. |
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