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A população de quatro cidades do interior, onde os programas culturais da capital não costumam chegar, poderá prestigiar uma semana bastante diferente. Apresentações de música e teatro, filmes, atividades físicas e oficinas compõem o programa do Projeto Estação USP. Todos os eventos são oferecidos por estudantes e professores da própria Universidade, dos campi da capital e do interior. Além das pessoas que moram na região, o projeto pretende atingir os paulistas que viajam durante as férias, já que são locais que recebem grande número de turistas. “É para mostrar às pessoas que estão distantes da capital que a Universidade não é só ensino e pesquisa, é extensão também. Ela sai dos seus domínios para levar cultura e lazer à população”, defende o diretor do Departamento de Marketing da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da USP, Lupércio Tomaz, organizador do Projeto Estação USP.

Realizado pela primeira vez no ano passado, o Estação atingiu um público de cerca de 10 mil pessoas nas três cidades onde ocorreu, Brotas, Mococa e São Carlos. Neste ano, a expectativa é levar 15 mil pessoas aos teatros, cinemas, apresentações musicais e atividades físicas, já que mais uma cidade foi acrescentada ao programa, Águas de São Pedro – o menor município do País, com 3 mil habitantes, chegando aos 13 mil durante as férias.

Em 2002, o início do projeto se deu em Mococa, com exibição de filmes selecionados pelo Cinusp na única sala de cinema da cidade. É essa mesma sala que quase deixou de existir, não fosse a intervenção de uma sociedade anônima que mantém o local até hoje, e que é uma das parcerias da USP no projeto. Nesta edição, Mococa recebe a mostra “Piadas, ironias e sarcasmos (ria se puder!)”, com comédias consagradas no mundo todo, como Quanto mais quente melhor (1959), de Billy Wilder, e o italiano Pão e tulipas (2000), além de um Woody Allen recente, Os trapaceiros (2000). A abertura do Estação neste ano acontece na mesma cidade: os alunos de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) fazem uma apresentação de música clássica com o pianista e diretor da Escola de Engenharia de São Carlos Francisco Rocco (dia 11, às 20h). No dia seguinte, os músicos tocam a ópera de Mozart Bastienn Bastienne (às 19h30). Durante a semana é apresentado o projeto do Parque Ecológico São Francisco de Assis, realizado pelo professor Issao Minami, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e estudantes de pós-graduação da USP. São 861 km2 localizados entre as zonas rural e urbana da cidade, evitando a degradação ambiental decorrente da urbanização. A programação de Mococa ainda inclui encenações do espetáculo A vontade, que utiliza mímica e dança para abordar temas juvenis como a iniciação sexual e a construção da identidade (no dia 19, às 18h). Os interessados em aprender um pouco de teatro podem participar das oficinas de mímica que os estudantes de Artes Cênicas oferecem (nos dias 17 e 18).

O teatro também vai até Brotas, cidade conhecida pelo ecoturismo e esportes de aventura. Seus habitantes e turistas podem ver, além da peça A vontade (dia 12, às 20h30, e dia 13, às 19h), o espetáculo O triângulo elogioamoral, sobre um condomínio chamado Brasil, onde moram um empresário, um marqueteiro e o governador. Os três personagens se apavoram quando o Capitão Fast Food vai cobrar uma dívida (dias 19 e 20, às 16h). Há ainda oficinas de teatro para crianças, jovens e terceira idade, separadas por turmas.

As apresentações musicais do Estação se concentram em São Carlos, a única entre as quatro cidades que sedia um campus da USP. As participações são do Coral USP e de um duo de soprano e violão, tocando modinhas coloniais (dia 19, às 20h30). A música popular brasileira também tem seu espaço reservado, com o grupo Instrumental MPB de Ribeirão Preto (dia 12, às 20h30).

A última cidade a entrar nesse circuito cultural, Águas de São Pedro, tem elevada qualidade de vida e atrai muitos turistas por suas fontes de água mineral, indicadas para uso medicinal. O projeto procurou aproveitar o potencial do local para a melhoria da saúde e desenvolveu atividades físicas variadas. De rapel e escalada até rugby e caminhadas, a programação não exclui o público infantil e a terceira idade e é toda orientada por monitores. “Os alunos da Escola de Educação Física e Esporte foram treinados desde o começo do ano para trabalhar no projeto”, informa o organizador. Assim como nas áreas culturais, esses estudantes estendem a outros lugares um pouco do que conhecem na Universidade.

Passeios turísticos das cidades participantes e eventos culturais do Projeto Estação USP que aconteceram no ano passado

 

 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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