Pelo menos três professores da USP acreditam que a nova Sudene, reinaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva dia 28 de julho, só dará certo e evitará os erros do passado se for submetida a rigoroso controle da sociedade, obedecer a bom planejamento técnico e social e tiver transparência administrativa. O geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira entende que o governo do PT, ao retomar o papel original do órgão, deixa claro o caráter intervencionista do Estado, bem diferente da estratégia neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para o economista Adriano Henrique Biava, até hoje a Sudene não deu certo por causa da ação de uma elite corrompida que manipulava a indústria da seca e contra isso propõe salvaguardas. Aziz Ab’Sáber, também geógrafo e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados, acredita que não foi só a corrupção que levou à extinção do órgão, mas também a falta de um conhecimento técnico e voltado para um ideal social. nacional>>

HISTÓRIA
Assim chegaram e viveram os judeus

Durante dez anos a pesquisadora Rachel Mizrahi ouviu histórias contadas por velhos imigrantes judeus orientais e sefaradis, além de consultar fontes escritas, como atas e estatutos de sinagogas. O material acabou em tese de doutorado na Filosofia e, agora, em livro. Imigrantes judeus do Oriente Médio: São Paulo e Rio de Janeiro é o primeiro volume da coleção Brasil Judaico, que a Ateliê Editorial lança dia 11. cultura>>

Universidade tem cada vez mais mulheres

Pesquisa realizada pela professora Magda Carneiro Sampaio, do ICB, com base em dados do Anuário Estatístico da USP e informações do Departamento de Recursos Humanos indica participação crescente da mulher na Universidade, entre professores, funcionários e alunos. Em 2002, entre 4.886 docentes, havia 1.621 professoras ou um terço do total do quadro; dos 14.589 funcionários administrativos, técnicos e operacionais, 50,5% eram mulheres. Na graduação, as alunas constituem 43% e, na pós, 50,7%. pesquisa>

Agora sei que sei pintar

Ex-moradores de rua pintando no MAC. Nunca antes tinham entrado em museu de arte. “Que lugar mais interessante!”, exclamou um; “Este (o quadro A negra, de Tarsila do Amaral) foi o que achei mais bonito”, disse outro. Os visitantes foram levados à USP pelos responsáveis pela Fraternidade Toca de Assis, que os tirou da rua e cuida deles numa casa, no bairro do Butantã. nacional>