O objetivo da educação não pode ser o lucro comercial. Entre outras razões, porque se o mercado enfrentar uma recessão o processo corre sério risco de descontinuidade. No entanto, o lucro institucional, sem distribuição entre acionistas, mas reaplicado na própria instituição, pode ser tolerado e o Estado deveria levá-lo em conta na hora de regulamentar o ensino. Esta é a posição do presidente da Fapesp, professor Carlos Vogt que, em entrevista, discorda daqueles que, no âmbito da OMC, defendem tratar a educação como um item de serviço. Segundo ele, a investida de empresas e de fundos internacionais sobre o setor é agravada pela estrutura do ensino no Brasil, onde 65% dos jovens em idade de iniciar o ensino superior estão em escolas privadas. Vogt propõe a adoção de uma legislação que permita apenas a abertura de escolas e universidades particulares que sejam fundações e evitem a remessa de lucros. Nos debates que promove regularmente sobre o tema, a Universidade analisa também a questão da inclusão social, por entender que educar é a melhor forma de incluir as minorias na sociedade. nacional>>

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A USP sem sair de casa

Os números da Universidade de São Paulo impressionam: se fosse reunida num só espaço, a área dos seis campi somaria 74 milhões de metros quadrados e a população chegaria a 85 mil pessoas, tamanho de uma cidade de porte médio. Mas não é preciso sair de casa para conhecê-los; basta acessar o Portal da USP (www.usp.br), consultado por 790 mil interessados por mês, superando os das universidades de Harvard e Sorbonne, segundo pesquisa do Ibope e Ratings. O endereço eletrônico reúne dados institucionais, notícias e serviços universitários. universidade>>