AMBIENTE
A água que vai e volta

Em tempo de estiagem prolongada e de crise no abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o reúso da água pode ser uma forma racional de preservar os recursos hídricos. No campo experimental de Lins, no interior do Estado, pesquisadores de várias unidades da USP estão aperfeiçoando e divulgando as técnicas do uso de efluentes de esgoto tratado na irrigação de culturas como café, milho, girassol e pupunha, de flores e, ainda, na criação de peixes. Resultados preliminares indicam que os efluentes, ricos em minerais, permitem crescimento satisfatório das plantas, sem contaminá-las. Controlar riscos como a contaminação de lençóis freáticos é a proposta dos cientistas nas fases seguintes da pesquisa. Os tipos de desinfecção de efluentes testados envolvem cloração, radiação ultravioleta e ozonização, sempre com o cuidado de comparar os resultados com a irrigação feita com água da rede, conforme relata o professor Roque Piveli, da Escola Politécnica, que coordena experimentos sobre desinfecção de esgotos em Lins. O ex-professor da Esalq e deputado federal Antônio Carlos de Mendes Thame adverte que a busca de recursos hídricos colocará a capital e o interior numa grande disputa em 2004, ano em que vence a concessão de 30 anos da Sabesp sobre o sistema Cantareira. pesquisa>>



USP 70 ANOS

A Universidade é do povo
A festa dos 70 anos da Universidade de São Paulo, com programação a partir de janeiro de 2004, não será apenas do meio acadêmico, mas da comunidade em geral. “Sugerimos que as unidades façam alguma coisa ligada à sua história, ao seu pensamento atual e também uma prospecção para o futuro”, diz a professora Maria Ruth Amaral de Sampaio, que dirige a comissão organizadora dos festejos. O calendário está praticamente pronto e prevê, além das solenidades oficiais, exposições, seminários, lançamento de livros, concertos da Orquestra Sinfônica da USP e teleconferência com Claude Lévy-Strauss, criador do Estruturalismo e integrante da Missão Francesa que deu início às atividades de ensino e pesquisa na USP. A data da fundação da Universidade, 25 de janeiro, coincide com o aniversário da cidade de São Paulo, que completa 450 anos. Nesse dia, haverá sessão solene do Conselho Universitário no Palácio dos Bandeirantes. universidade>>


LIVRO

Um patrimônio natural a salvo
Nos seus 75 milhões de metros quadrados de área, incluídos os seis campi e outras áreas em 11 municípios, a USP tem um outro patrimônio, além do cultural: a natureza. De um parque da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, com espécies nativas e exóticas, até o jardim japonês do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências, na capital. A Comissão de Patrimônio Cultural identificou cada uma dessas áreas, com o propósito de preservá-las, e colocou os resultados em livro publicado pela Edusp e Imprensa Oficial. “A nossa meta é servir como interface entre as diversas disciplinas e campos do conhecimento e refletir sobre a necessária relação da USP com a cidade e o entorno”, explica Ana Lúcia Duarte Lanna, coordenadora da CPC e professora da FAU.especial>>


PATRIMôNIO

Obras raras ao alcance de todos

Quem quiser consultar páginas do Líber chronicarum, de 1493, é só acessar na Internet o endereço da Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais, lançada dia 29 de outubro. Esse livro é o mais antigo do acervo da USP e conta, em prosa e verso, desde a história da criação do mundo até as profecias do Apocalipse. Guardado nas estantes do Instituto de Estudos Brasileiros, faz parte de uma coleção de acesso restrito, agora liberada ao público através do computador, graças a convênio entre o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) e o Centro de Computação e Informática (CCI). A coleção de obras raras soma mais de 2 mil volumes. Embora a lista completa esteja na biblioteca digital, apenas 22 obras, divididas em 38 volumes, podem ter seus conteúdos consultados. cultura>>

 
 
 


VAMOS
em DESTAQUE
Melanie Klein
Nathália Timberg (ótima no papel) interpreta a personagem-título, mostrando a trajetória da pioneira da psicanálise infantil no século 19. No elenco ainda estão Carla Marins e Rita Elmor, com direção de Eduardo Tolentino de Araújo.
   
O Processo em dança
Mais uma obra de Franz Kafka foi transposta para a dança pelo grupo Far 15. O Processo, com coreografia de Sandro Borelli, trabalha em seus movimentos o sentimento de culpa do personagem Joseph K., e inaugura um novo espaço na cidade.
   
Festival e televisão
Além do roteiro de cursos, um festival de música na próxima semana que homenageia o compositor e pianista Almeida Prado e também promoções da TV USP, uma delas já está disponível no site e vai sortear um livro.
   
 
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