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Hélio Nogueira da Cruz e Olga Miranda:
reflexos positivos em toda a USP

Propiciar ao cidadão o atendimento eficaz de suas necessidades por meio de um processo de melhoria contínua e permanente dos serviços prestados, com redução de custos e ganhos de produtividade. Esse foi o ideal que orientou a criação, em 1996, da Comissão Central de Qualidade e Produtividade da USP, hoje presidida pelo vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz. Nesta terça-feira, dia 25, a partir das 9 horas, essa comissão promove o 10º Encontro de Qualidade e Produtividade da USP, no auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). A expectativa é que cerca de 200 pessoas, tanto da capital como do interior, compareçam ao evento. De acordo com o vice-reitor, o principal objetivo da comissão é o aperfeiçoamento contínuo do quadro de pessoal e da infra-estrutura universitária, o que proporciona também indicadores precisos e uma gestão transparente.

A novidade desta 10º edição do encontro é uma nova forma de comunicação entre as unidades e o público que as freqüenta. Foi pedido a cada unidade que fizesse um folder reunindo seus principais dados, como número de alunos, docentes, produção científica, publicaçõec e infra-estrutura – assim como já foi feito num folheto intitulado “USP em números”. “É uma forma direta, simples e barata de fazer com que a unidade se deixe transparecer”, afirma Cruz.

O que se pretende na reunião é, mais uma vez, trocar informações e experiências e aumentar a adesão dos funcionários às comissões de suas respectivas unidades. “Queremos valorizar pessoas, estimular boas práticas e nos comprometer com os resultados”, acrescenta o vice-reitor. No cronograma, há espaço para palestras sobre experiências de gestões bem-sucedidas dentro e fora da USP e sobre novas iniciativas que começam a render bons frutos. “O Grupo de Gestão Financeira e de Materiais (Gefim) é o mais bem-sucedido dos programas da USP”, exemplifica Cruz, referindo-se ao grupo que reúne funcionários ligados ao setor financeiro e de materiais (leia no texto ao lado a programação completa do encontro).

Três projetos já bem conhecidos na USP foram incentivados pela Comissão Central de Qualidade e Produtividade e agora têm vida própria. Eles são o Programa para Uso Eficiente de Energia na USP (Pure), o Programa de Uso Racional da Água da USP (Pura) e o USP Recicla – iniciativas que, entre outros resultados, garantem economia financeira e conscientização ambiental aos servidores e usuários da Universidade.

Em relação aos efeitos do Programa de Qualidade e Produtividade, Cruz explica que “mensurar os resultados é olhar para a USP como um todo”. Em outras palavras, o esforço de incentivar as unidades a, cada vez mais, melhorar seus serviços reflete na imagem da Universidade: ela é referência para outras instituições de ensino no País e também no exterior. “Desde 1989, com a autonomia das universidades paulistas, houve um aumento significativo da produção científica na USP, ao mesmo tempo em que o número de docentes e funcionários diminuiu”, comenta Cruz. Para o vice-reitor, isso significa que ela está se tornando cada vez mais produtiva. “Esse é o nosso papel, já que se trata de gasto de dinheiro público em um país pobre.”

Folhetos produzidos na Universidade com os dados acadêmicos e administrativos das unidades de ensino e pesquisa: transparência no trato do patrimônio público

Uma das comissões de qualidade e produtividade que irá expor suas experiências no encontro é a da Reitoria. Sua presidente, Olga Miranda, explica que aquela unidade possui diversos grupos de ação de melhorias. Cada um deles é responsável por algum projeto, como a reelaboração da comunicação visual da unidade, a promoção de palestras e eventos, a reciclagem de papel e de cartuchos de impressora e o acesso ao acervo cultural da USP pelos funcionários, entre outros. “O grupo mais popular é o de Qualidade de Vida no Trabalho da Reitoria”, conta Olga. Através dele, cerca de 262 pessoas da unidade diariamente fazem ginástica laboral por 15 minutos. Essa prática diminui a incidência de lesões por esforço repetitivo e aumenta a produtividade dos trabalhadores – todos são orientados por um profissional do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).

Em dezembro de 1995, o então governador do Estado Mário Covas baixou um decreto que deu abertura ao Programa de Qualidade e Produtividade do Serviço Público. No ano seguinte, a USP iniciou seu próprio programa e criou a Comissão Central de Qualidade e Produtividade. A partir disso, cada unidade foi estimulada a implantar comissões internas e hoje todas possuem, em maior ou menor grau, participação nas iniciativas de gestão da Universidade.

As atribuições da comissão central são sensibilizar e mobilizar a comunidade USP, facilitar a aprendizagem coletiva, levantar problemas, sugestões e ações para melhoria, reconhecer iniciativas e apoiar “boas práticas”, entre outras. Essa comissão, portanto, trabalha na estratégia de persuasão, além de dar treinamento e apoio financeiro às unidades interessadas. “O programa prosperou mais nas atividades não-acadêmicas, como restaurantes, bibliotecas e hospitais”, conta Cruz. Entretanto, isso não significa que os resultados sejam apenas no setor administrativo – basta lembrar o aumento da produtividade científica e acadêmica da Universidade, citado pelo vice-reitor. Nesse sentido, a USP possui uma Comissão Permanente de Avaliação que está integrada à Comissão Central de Qualidade e Produtividade e é presidida também pelo vice-reitor.

 

De olho na qualidade

Esta é a programação do 10o Encontro de Qualidade e Produtividade da USP, que será@ realizado nesta terça-feira, dia 25, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP (avenida Professor Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo).

9 horas. Abertura (professor Hélio Nogueira da Cruz, vice-reitor da USP e presidente da Comissão Central de Qualidade e Produtividade da USP).

9h30. “O modelo de excelência na gestão pública” (Francisco Sérgio Ferreira Jardim, delegado federal da Agricultura de São Paulo).

10h30. “O sistema DIBD e o desafio do Prêmio Paulista de Qualidade de Gestão” (professor Marcos Milan e Marcia Saad, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
da USP, em Piracicaba).

11 horas. Intervalo para café.

11h15. “Retrospectiva e perspectivas do Gefim” (Luiz Antonio Teixeira, diretor do Departamento de Finanças da Coordenadoria de Administração Geral, Codage, da USP).

12 horas. Debates.

12h30. Almoço.

14 horas. “O MBA de qualidade da Escola Politécnica e reflexos na qualidade da USP” (professor Adherbal Caminada Netto, da Escola Politécnica da USP).

15 horas. “Qualidade de Vida e Produtividade na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP” (professor José Bento Sterman Ferraz, diretor da FZEA).

15h30. Intervalo para café.

15h45. “Programa de qualidade na Reitoria” (Olga Miranda, da Reitoria).

16h15. Debates.

17 horas. Encerramento.

 

 

 




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