O País pensa nova universidade
O ensino universitário brasileiro passa por mais um processo de reforma. Nos anos 30, a Lei Capanema criou o sistema de cátedras, que reforçou a ingerência do Estado nas universidades; a reforma de 68 substituiu as cátedras pelos departamentos, criou o regime de dedicação integral à docência e à pesquisa e o sistema de créditos; em 96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) instituiu diferentes modelos de escola superior e flexibilizou currículos. Agora, está aberto o debate em nível nacional. Em documento ao qual o Jornal da USP teve acesso, o Grupo de Trabalho Interministerial criado por decreto presidencial em outubro de 2003 sugere ações emergenciais para enfrentar a crise nas universidades federais, defende a autonomia universitária, aponta formas de complementar recursos e define as etapas necessárias para implementar a reforma universitário no País. Enquanto isso, o Plano Nacional de Educação, aprovado no Congresso e sancionado pelo governo ainda em 2001, prevê que até o final da década 30% dos jovens brasileiros terão acesso ao ensino de terceiro grau. Tudo isso exige grandes investimentos que, ao lado da autonomia, são temas interligados e os mais recorrentes nos debates. O modelo de autonomia didática e de gestão adotado nas universidades públicas paulistas, atrelando os recursos ao ICMS, serve de exemplo e foi amplamente debatido em encontro dos reitores da USP, Unesp e Unicamp com representantes do MEC e de outras universidades, dia 28 de janeiro em Brasília. De acordo com o reitor Adolpho José Melfi, da USP, e também da secretária-geral da Universidade, Nina Ranieri, a autonomia financeira, aliada a forte responsabilidade social, muito contribuiu para o bom desempenho das universidades públicas do Estado nos últimos anos. Os debates também envolvem a questão das fundações e a assistência aos estudantes, que reclamam recursos cada vez maiores. nacional>>


COMEMORAÇÃO

Setenta anos pelo Brasil
Na sessão solene do Conselho Universitário, dia 25 de janeiro no Palácio dos Bandeirantes, que abriu as comemorações dos 70 anos da USP, os oradores fizeram a defesa do ensino superior público e da democratização do acesso a ele. “A universidade pública não beneficia só aqueles que a freqüentam; ela produz tecnologia e gera desenvolvimento para toda a sociedade”, disse o reitor Adolpho José Melfi, em resposta aos que consideram a USP elitista. O governador Geraldo Alckmin lembrou que a instituição septuagenária conserva a marca do cosmopolitismo com a qual nasceu, para formar quadros para todas as universidades brasileiras. Representantes dos alunos entregaram ao governador manifesto em que pedem maior descentralização da Universidade e maior número de vagas. No encerramento dos trabalhos, a Orquestra Sinfônica da USP executou composições de Camargo Guarnieri e Guerra Peixe. especial>>
 
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