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Filme de amor


A princípio se chamaria Filme pornográfico. Filme de amor, o
novo longa de Júlio Bressane, foi inspirado livremente no mito das três Graças, criadas por Vênus.

No filme, as três Graças não são três mulheres, mas os amigos Hilda, Matilda e Gaspar. Eles se reúnem para o final de semana num sobrado pobre do decadente centro do Rio. Conversam, bebem, usam drogas e buscam o prazer e novas
sensações.

Apesar de pobres e moradores da periferia, eles são cultos e têm conversas bastante intelectuais e sensíveis, que inclusive relembram outros filmes do cineasta. É um intervalo em suas
rotinas, para as quais retornam tão logo a semana começa.

Em entrevistas, o cineasta, reconhecido por suas produções pessoais e experimentais, afirmou que o longa é “uma colcha de retalhos em torno de dois grandes clichês: o filme e o amor”.

No elenco estão Fernando Elias (em sua terceira parceria com o diretor) e Bel Garcia e Josie Antello, experientes atrizes de teatro que estreiam no cinema. A fotografia é de Walter Carvalho e tem a pintura como referência, especialmente do francês Balthus. Esta é a 26ª produção de Bressane, cineasta de Matou a família e foi ao cinema (1969) e Dias de Nietzche em Turim (2001), que se preocupa em investigar e experimentar a linguagem cinematográfica.

O novo filme já recebeu três prêmios no Festival de Brasília e foi selecionado para diversos festivais europeus e americanos.
Em cartaz em salas de São Paulo.

 

Festival do Minuto

Com o tema Mínima Diferença, o Festival do Minuto de 2004 selecionou 22 filmes para a mostra competitiva. Para quem não pôde conferir a exibição dos filmes na semana passada, quando ocorreu o festival, pode assistir aos vídeos neste final de semana no Museu da Imagem e do Som (MIS, na av. Europa, 158, Jardins), com sessões gratuitas na sexta, no sábado e no domingo às 20h. Compõem a mostra: 537, de
Fernanda Simionato; A mínima diferença é que faz a distância entre eu e você, de Gabriel Lopez; A porta, de Helton Ladeira; A vagabunda mora ao lado, de Rafael Gomes; Alacridade, de Rafael Mejias; Aparecido, de Michel Katz; Assim no céu como na terra, de Luis Coelho; Clínica Santa Clara, de Valter Chiamareli Junior; Criando intrigas, de Daniel Rotatori; D#, de Paulo de Castro; Destino Cidade Ademar, de Roberto Andreoli; Diversidade positiva, de Lila Rodrigues; e Skina, de Patrícia Franco.

Filmes arábes

Seis filmes – cinco deles inéditos no Brasil – e um documentário mostram tendências do cinema de língua árabe na mostra Cinemam árabe, que vai até 27 de junho no
Museu de Arte Moderna (MAM) do Parque Ibirapuera. Neste final de semana são exibidos o sírio Terra dos estrangeiros (1998), de Akram Zaatari, que se passa no início do século 20 quando o império otomano vive uma época turbulenta, entre desigualdades, influência européia e tensões políticas (sábado, às 14h); o argelino A nouba das mulheres do monte Chenoua (1978), de Assia Djebbar, mesclando lembranças e histórias ancestrais da região (sábado e domingo, às 16h); e Inch’állah dimanche (2001), de Yamina Benguigui, sobre uma mulher
que sai de sua Argélia natal para ir a França encontrar o marido (domingo, às 14h). No Parque Ibirapuera, s/no, portão 3, tel. 5549- 0688, ramal 1.145. Entrada franca.

Grandes bilheterias

O Centro Cultural São Paulo exibe a partir desta terça a mostra Grandes Bilheterias do Cinema Brasileiro, trazendo filmes como Carandiru (2002), de Hector Babenco, inspirado no livro do médico Dráuzio Varella, que freqüentou a Casa de Detenção e recolheu depoimentos dos presos, inclusive sobre o massacre de 1992; e Cidade de Deus (2002), de
Fernando Meirelles, que conta a história de um menino que vive na favela carioca conhecida como um dos locais mais violentos da cidade.

Ainda serão exibidos clássicos como Lúcio Flávio, o passageiro
da agonia (1997), de Hector Babenco; Nem Sansão, nem Dalila (1954), de Carlos Manga; e A dama do lotação (1978), de
Neville D´Almeida; e O cangaceiro (1953), de Lima Barreto. Na r. Vergueiro, 1.000, tel. 3277-3611.
Grátis. Programação completa no
site www.prodam.gov.br/ccsp.

 




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