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Sem
piquete, novo diálogo |
Em
assembléia realizada na última terça-feira,
dia 20, à tarde, funcionários, professores e estudantes
da USP decidiram levantar o piquete diante da Reitoria e de outros
prédios do campus a partir da quarta, 21, pela manhã
e realizar nova assembléia na sexta-feira para avaliar a
situação. Segundo o comando da greve, foram decisivos
para a suspensão dos piquetes a proposta do Conselho de Reitores
de retomar o diálogo e marcar nova rodada de negociação
quanto antes possível, embora sempre sob a condição
de o prédio da Reitoria ser previamente liberado; a informação
dada pelo reitor Adolpho José Melfi, em encontro na terça
pela manhã com representantes dos grevistas, de que o vale-alimentação
terá valor aumentado substancialmente e que há condições
de o Cruesp dar um reajuste no percentual máximo que pode
ser suportado pela Unicamp e pela Unesp; e o fato de a Reitoria,
embora munida de liminar de reintegração de posse,
decidir não usá-la e voltar a dialogar, evitando assim
o confronto com os grevistas uma parte dos acampados diante
do edifício prometia resistir. Segundo o boletim Em cima
do fato, o reitor informou que realmente há espaço
para se discutir o reajuste salarial agora, diferentemente
do mês de maio, devido ao aumento da arrecadação
do ICMS. Acredito que podemos avançar numa proposta
de reajuste na data base sem comprometer os orçamentos da
Unicamp, Unesp e USP, afirmou Melfi. Nely Wada, da diretoria
do Sintusp, considerou importante, embora não decisiva, a
intervenção, na segunda-feira, do senador Eduardo
Suplicy (PT-SP), que esteve na Cidade Universitária e conversou
com o comando da greve e com o reitor e outros representantes da
administração da Universidade, propondo a criação
de uma comissão de notáveis (professores)
para mediar os entendimentos, a exemplo do que foi feito em greve
anterior. Rodolfo Vianna, do DCE, disse que no encontro com a comissão
que representou os professores, funcionários e alunos o reitor
deu a entender que deverá ser atendida a reivindicação
de R$ 130,00 para o vale-alimentação; que não
haverá punições políticas; que o desconto
dos dias parados será avaliado posteriormente; e que o Cruesp
já tem condições de apresentar proposta acima
de 0%. O diretório estudantil pediu uma série de reuniões
com o reitor para tratar de assuntos que os alunos consideram muito
importantes, como a questão das fundações na
Universidade, democracia interna, critérios na política
de expansão de cursos, e moradia. Segundo Vianna, Melfi concordou
com o pedido do DCE, embora ressalvando que não lhe será
possível participar pessoalmente de todos os encontros. universidade>>
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Suplicy
apóia negociações entre Reitoria e grevistas |
O
senador Eduardo Suplicy (PT/SP) participou, ao longo de toda a manhã
e início da tarde da segunda-feira 19, das negociações
envolvendo a Administração Central da USP e o comando
de greve dos servidores. O senador foi procurado pela direção
da Associação dos Docentes (Adusp) para ajudar a intermediar
as discussões em torno do principal impasse que tem emperrado
a negociação sobre a greve iniciada na Universidade
no dia 27 de maio: o piquete mantido em frente ao prédio da
Reitoria da USP.
O pedido foi motivado pela perspectiva do uso da força policial
para a reintegração de posse das unidades da Administração
Central, na Cidade Universitária, conforme liminar concedida
na semana passada pela juíza Márcia Helena Bosch, da
2ª Vara da Fazenda Pública. A expectativa era de que a
ordem fosse cumprida nas primeiras horas da manhã desta segunda.
Entretanto, ainda no final de semana, representantes da Reitoria decidiram
solicitar à Polícia Militar que não efetuasse
a ação, para evitar um confronto que poderia assumir
proporções desnecessárias, disse o prefeito
do Campus da capital, professor Wanderley Messias. O reitor
se dispôs ao diálogo com o propósito de desarmar
os espíritos dentro da Universidade e de pedir aos representantes
do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) que dêem uma
demonstração também de boa vontade e tolerância,
afirmou.
No início da manhã, abrigando-se da forte chuva sob
a marquise do prédio da Reitoria, o senador Suplicy reuniu-se
com o grupo de cerca de 60 manifestantes que mantinham o piquete e
ouviu suas reivindicações. Por volta das 9h30, dirigiu-se
ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), onde
estão funcionando alguns órgãos da Administração
Central, para encontrar-se com o reitor Adolpho José Melfi.
Depois da reunião, o senador solicitou ao major Serpa, da Polícia
Militar, que estava no gabinete da Reitoria, para acompanhá-lo
no novo encontro com os integrantes do piquete. Aos manifestantes,
Suplicy disse que ouviu do reitor da USP a confirmação
da disposição de negociar e de encontrar caminhos para
o fim da paralisação.
De acordo com o senador, Adolpho Melfi disse que as condições
de arrecadação do Estado melhoraram o suficiente
para que seja concedido um ajuste positivo nos salários.
O reitor também reafirmou a expectativa do fim do piquete para
que sejam retomadas de forma mais direta as negociações
entre o Fórum das Seis, que integra os sindicatos de servidores
da USP, Unicamp e Unesp, e o Conselho de Reitores das Universidades
Estaduais Paulistas (Cruesp).
O reitor designou o prefeito do Campus, Wanderley Messias, o pró-reitor
de Pesquisa, Luiz Nunes de Oliveira, e o professor Adilson Carvalho,
da Coordenadoria de Administração Geral da USP (Codage),
para se encontrar com uma comissão do comando de greve ainda
pela manhã. Um grupo de 16 pessoas, incluindo representantes
do Sintusp e do Diretório Central dos Estudantes (DCE), mais
o senador petista e o major Serpa, foi recebido a partir das 11h30
numa sala do prédio da Fuvest.
A reunião se estendeu por cerca de duas horas e meia. Embora
não tenha surgido uma proposta de consenso, os participantes
avaliaram que houve avanços no encontro, cujas repercussões
devem ser analisadas nas assembléias dos servidores.
Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, essa greve e essa
crise na Universidade precisam acabar, mas depende dos reitores, que
deviam tratar o movimento com seriedade. Queremos que eles atendam
as reivindicações dos trabalhadores e apresentem propostas
concretas, porque aí acaba o piquete e acaba a greve.
O prefeito do Campus, Wanderley Messias, acredita que a presença
do senador contribuiu para o diálogo. Agora o Sintusp
vai avaliar o que eles julgam cabível e possível fazer,
mas senti na direção do comando de greve uma disposição
para avaliar a possibilidade de um gesto de desarmamento dos espíritos
e de podermos avançar na pauta, afirmou.
O senador Eduardo Suplicy acredita que o encontro foi importante para
que os professores Wanderley Messias, Luiz Nunes e Adilson Carvalho
pudessem ouvir o sentimento dos servidores da USP, e que o
empenho de todos é para evitar a necessidade da desmobilização
do piquete por uso da força da PM, razão pela
qual ele mesmo tomou a iniciativa de convidar o major Serpa para participar
das conversações.
Suplicy disse que espera que o reitor Melfi possa sinalizar às
entidades de servidores da USP com um possível índice
a ser concedido em futura reunião do Cruesp com o Fórum
para que se chegue a um entendimento que conclua pelo fim da greve.
Se isso for possível, teremos avançado de maneira
consistente, declarou.
Ainda no meio da manhã, em seu encontro com o grupo de manifestantes
em frente à Reitoria ao qual em dado momento juntou-se
o sociólogo Francisco de Oliveira, professor aposentado da
FFLCH , o senador petista recitou as palavras do pastor e líder
pacifista americano Martin Luther King Jr., assassinado em 1968: Não
podemos aceitar tomar o chá do gradualismo, como aqueles que
dizem que podemos esperar gradualmente as coisas se modificarem, porque
se assim o fizermos as transformações necessárias
são tão importantes que nós iremos viver um novo
verão abrasador. Mas não vamos também tomar do
cálice da vingança, do ódio, da guerra, da violência.
Precisamos sempre confrontar a força física com a força
da alma. Eu aqui venho tentar usar da força da
alma, concluiu, sob aplausos do grupo.universidade>> |
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Contribuições da academia para o diálogo e
a paz |
De 25 a 29 deste mês, representantes de universidades de todo
o planeta se reunirão no Centro de Convenções
Rebouças, em São Paulo, para participar da 12a Conferência
Geral da Associação Internacional de Universidades (IAU,
sigla em inglês). Com o tema A riqueza da diversidade:
o papel das universidades na promoção do diálogo
e do desenvolvimento, o encontro discutirá as possíveis
contribuições da academia para um mundo melhor. Contamos
também com a integração maciça das universidades
brasileiras, públicas e privadas, convida o professor
do Instituto de Geociências da USP Umberto Cordani, presidente
do Comitê de Organização. A abertura oficial do
evento ocorrerá no Memorial da América Latina, às
19 horas do dia 25, com a presença do governador Geraldo Alckmin,
do ministro da Educação, Tarso Genro, e do reitor da
USP, Adolpho José Melfi. Está prevista uma série
de seminários e workshops. Entidades não associadas
à IAU também podem se inscrever para o encontro. É
a primeira vez que o Brasil sedia uma conferência da IAU, que
está sendo organizada pela USP em parceria com a Unesp, Unicamp,
Unifesp e Ufscar. cultura>> |
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VAMOS em
DESTAQUE |
Um
giro cultural pelo interior
Desde
o último final de semana, está acontecendo
a 3a edição da Estação USP, um programa
que leva uma extensa programação cultural
para cidades do interior e litoral paulista.
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Violão
e clarinete
O
violonista Yamandú Costa e o clarinetista
Paulo Moura se apresentam nesta
terça para mostrar o resultado de sua
parceria: o disco de música instrumental
El negro del blanco. |
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Bossa,
de Rodovalho
Inspirada
nos clássicos da bossa nova, a coreografia de Henrique Rodovalho,
diretor do grupo goiano Quasar, trata do amor.
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