Uma lição tirada da Semana do Meio Ambiente da USP, realizada de 30 de agosto a 5 de setembro: a questão ambiental só terá bom encaminhamento quando dos debates e das ações participarem não apenas cientistas e políticos, mas também representantes das comunidades mais afetadas pelos danos causados à natureza. Isso foi reforçado, durante a semana, pela presença e pelas manifestações de crianças xavantes, caiçaras do litoral paulista, índios timbiras do Maranhão e pescadores da Juréia. A água é elemento essencial que precisa ser preservado e, na opinião de um especialista, o professor Aldo Rebouças, "o grande desafio agora é passar de uma postura centralizadora, do ponto de vista político, para decisões mais democráticas". A Universidade vai além do simples debate; apresenta soluções: na USP Leste, preparam-se três pontos de gestão ambiental integrada - um curso nessa especialidade, um campus planejado e um Centro de Pesquisas Integradas sobre Meio Ambiente Urbano. No Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), foi inaugurada, dia 30, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, a primeira célula a combustível experimental, capaz de produzir energia elétrica por meio da quebra de moléculas de hidrogênio. No Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, com sede no campus da USP, pesquisadora utiliza com êxito produtos de biomassa, como palha de coco verde e bagaço de cana-de-açúcar, no tratamento de efluentes industriais e radioativos. Em outro encontro, na Faculdade de Saúde Pública, sobre ecologia e saúde, o geógrafo Aziz Ab'Saber pediu ao governo visão e coragem para levar adiante o Projeto Floram, que introduz no manejo das florestas alternativas econômicas, paralelas às atividades agrárias tradicionais. Um pouco de história da proteção ambiental e as legislações pertinentes está em artigo do professor José Goldemberg, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

"Seria bom que todos fossem até a Praça do Relógio e dessem muitas voltas para refletir sobre a frase ali gravada: 'No universo da cultura o centro está em toda parte'." Sugestão do primeiro pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Oswaldo Ubriaco Lopes, de 68 anos, ao falar a diretores e professores, dia 30, na sala do Conselho Universitário. Antes da cerimônia, o professor diz que conversou com pássaros, que lhe deram bons conselhos e ele os retransmitiu para a seleta audiência. Em São Carlos, o balanço dos 35 anos da pós-graduação da Escola de Engenharia é altamente positivo: nove programas em execução e conceito de excelência dado pela Capes à maioria deles.pesquisa>>