O anteprojeto de reforma universitária terá nova versão ainda em abril, conforme assegurou o secretário executivo do MEC em encontro no Instituto de Física da USP, dia 11 de março. Fernando Haddad disse que a autonomia das universidades federais é essencial, mas a proposta pode esbarrar na burocracia ligada à área econômica. Quanto aos conselhos consultivos previstos na versão original, seriam “vasos comunicantes” entre a academia e a sociedade, não havendo intenção de interferir na gestão das instituições. Na USP, um grupo de trabalho formado em fevereiro por decisão da Pró-Reitoria de Graduação analisa o mérito da proposta federal e busca alternativas para melhorá-la, mas não vai emitir nenhum documento sobre ela, pois desconhece as modificações prometidas. Outro estudo da mesma Pró-Reitoria, apresentado ao Conselho Universitário dia 15 de março, comprova que as ações desenvolvidas pela Universidade favorecem o acesso de estudantes de renda familiar baixa e afrodescendentes ao ensino superior público. O número de vagas cresceu 33,5% entre 2000 e 2005, passando de 7.175 para 9.567, já incluída a USP Leste. Ainda em relação à zona leste, o reitor Adolpho José Melfi disse em entrevista à Rádio USP que os cursos continuarão tendo perfil inovador, mas não seria um grande problema alterar o Estatuto da Universidade, a fim de permitir a criação de habilitações já existentes na capital. nacional>>

Em 1991, a Universidade criou o Disque-Tecnologia e o modelo de respostas técnicas para pequenos empreendimentos; em 2002, o mesmo modelo foi adotado em rede nacional formada por vários centros de pesquisa de todo o País, por iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia. É o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), do qual o Disque-Tecnologia faz parte. O coordenador do DT, Eduardo José Siqueira Barbosa, define o serviço como pronto-socorro para micros e pequenas empresas. Entre as consultas encaminhadas ao SBRT os temas mais numerosos dizem respeito à agropecuária e alimentos e bebidas. Às vezes aparecem perguntas inesperadas. Como esta: posso usar água de bateria para dar o ponto no doce caseiro? universidade>>

A cultura e a própria sobrevivência dos caiçaras do litoral paulista estão ameaçadas pela urbanização, especulação imobiliária, pesca e turismo predatórios. A valorizada faixa litorânea presencia o surgimento de conflitos territoriais e o deslocamento de populações nativas. “É como se eu matasse todos os meus filhos e ainda quisesse ter descendentes”, compara um morador de Picinguaba, região de Ubatuba, referindo-se à captura da sardinha juvenil, usada como isca na pesca do atum. Na USP, pesquisadores como Paulo Noffs tentam o contrário: preservar a cultura e a identidade das populações nativas do litoral. “Minha meta é explicar os conflitos de território observando a perspectiva do caiçara, a especulação imobiliária, a atuação dos poderes públicos e a questão da conservação ambiental”, afirma Noffs, que trabalha no projeto A Baía dos Castelhanos e o Parque Estadual de Ilhabela. Outra pesquisadora, Roberta de Castro analisou a rentabilidade do manejo sustentável da caxeta em comparação com a bananicultura no Vale do Ribeira. Conclusão: não é rentável. “Não há incentivo econômico para o manejo da espécie”, diz Roberta. especial>>

Ecossistemas Costeiros

O Instituto de Biociências (IB) da USP está com inscrições abertas para o curso Introdução aos Ecossistemas Costeiros, que será realizado de 8 a 10 de abril.

O ciclo de conferências Cosmologia e o Ano Internacional da Física, voltado para o público em geral, já apresentou sua primeira palestra, mas ainda faltam outras sete que serão realizadas até 21 de junho, sempre das 19h às 20h30.

O curso Leitura e Escritura da Divulgação Científica, ministrado pelo jornalista Mauro Celso Destácio e pelo lingüista Renato Pignatari, com apoio do Núcleo José Reis de Divulgação Científica, ligado à ECA/USP, está com inscrições abertas.