Pós-graduação, o ponto de partida


O professor Renato Janine Ribeiro, diretor de Avaliação da Capes, entende que a reforma universitária deve começar pela pós-graduação, instância responsável pela formação e qualificação de professores do ensino básico. Ampliar demais a abrangência do projeto que o Ministério da Educação debate com especialistas e a comunidade, transformando-o em reforma de todo o sistema de ensino, nos níveis fundamental, médio e superior, como recomenda o Conselho Universitário da USP, poderia, na opinião do professor de Ética e Filosofia, pôr tudo a perder. O importante, afirmou, é aumentar o número de professores da rede pública formados pela USP. Da reforma faz parte essencial o Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010. Na questão dos recursos, a proposta do governo prevê que aproximadamente 13,5% do orçamento geral da União estejam carimbados para as federais, “uma proposta ainda mais forte que o modelo paulista” (baseado em parcela do ICMS), segundo Janine. O diretor da Capes fez na USP, dia 2, uma exposição sobre os rumos da instituição e anunciou que programas de pós-graduação que obtiverem nota 3 (baixa) não terão doutoramento. A Capes decidiu que todos os programas que avalia deverão ser amplamente divulgados na Internet, a fim de que não apenas os especialistas entendam a sistemática adotada, mas a comunidade em geral possa avaliar os projetos e os critérios de avaliação.
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Educação para a morte


Morrer, só se morre uma vez. E se a morte é a última coisa que os humoristas esperam que lhes aconteça na vida, o assunto é sério e merece estudos sob múltiplos aspectos – médico, psicológico, ético, filosófico e religioso. Nos últimos dias de abril, o 3º Congresso Brasileiro de Tanatologia e Bioética reuniu em São Paulo mais de 400 pessoas, que analisaram temas como aborto, eutanásia, luto, violência, mídia especializada e assistência a quem lida cotidianamente com a doença e a morte. Da Inglaterra veio o psiquiatra Colin Murray Parkes, que deu assistência a vítimas britânicas dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e dos tsunamis na Ásia no ano passado. O encontro teve entre os promotores laboratórios do Instituto de Psicologia da USP e da PUC paulistana.
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Volta de ciclistas ao campus não é garantida


USP, governo estadual e associações esportivas buscavam, na semana passada, entrar em acordo a respeito da prática de ciclismo na Cidade Universitária, restrita aos sábados, das 5 às 14 horas. Mas o prefeito Wanderley Messias da Costa reafirma que não dispõe de estrutura nem de condições para fiscalizar esse esporte: “Minha missão é zelar pelo patrimônio e pela segurança da Universidade, não cuidar de ciclistas”. O prefeito também acha difícil que representantes do governo do Estado e dirigentes de associações desportivas consigam providenciar vigilância sobre os atletas, como chegaram a discutir, mas sem explicar como o fariam – com segurança privada, com PMs ou com ajuda da Prefeitura. O episódio lembra a necessidade de criar ciclovias na capital paulista.
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Moore nos cem anos da Pinacoteca


A escultura é uma arte do ar livre. Ela necessita da luz do dia, do Sol, e a natureza é o seu melhor lugar e complemento. A Pinacoteca do Estado seguiu à risca a definição de Henry Moore ao montar a exposição das 117 esculturas, 72 desenhos e 55 gravuras do artista inglês, na comemoração do centenário da instituição. Já na entrada do prédio o público é recebido pela escultura Oral com pontas, que surpreende pela leveza das formas, apesar de pesar 700 quilos. Avaliadas em R$ 270 milhões, as obras compõem a maior retrospectiva de Moore já apresentada fora da Europa.
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VAMOS
em DESTAQUE

Canto Coral

Esse é o nome do novo programa apresentado na Rádio USP, sob a direção de Susana Igayara. Traz um rico repertório de gravações da música coral, não só erudita mas também popular. Há também uma intensa programação musical.

 
Aniversário e corpos

O Centro Cultural São Paulo faz 23 anos e comemora a data com uma programação gratuita neste fim de semana. Outro destaque é o corpo, presente em duas mostras, a histórica “Imagens Femininas” e a multimídia “Corpos Pintados”.
 

Pós-modernismo e 100 anos de teatro

São dois livros, o primeiro reúne artigos sobre a presença da arte pós-moderna em diversas áreas, e o outro conta a história do teatro brasileiro através de textos e fotos. Há também lançamentos na semana, incluindo uma discussão sobre racismo.

 
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