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Entre os clássicos produzidos pelo cineasta está Eles Não Usam Black-Tie

Filmografia de Leon Hirszman

Um dos fundadores do Cinema Novo e “um dos maiores articuladores que o cinema brasileiro já teve”, segundo Cacá Diegues, o cineasta Leon Hirszman é homenageado com

mostra no Cinesesc e na Galeria Olido. As exibições começam neste sábado e se revezam em sessões diárias entre os dois locais (alguns dias simultaneamente). É uma retrospectiva de seus longas-metragens – muitos dos quais se tornaram clássicos – e de quase toda sua produção de curtas (na sua maioria, documentários), que serão exibidos sempre antes de cada sessão e também em programas exclusivos. Na abertura, estão Garota de Ipanema (1967), que retrata a juventude de Ipanema no auge da bossa nova, por meio de uma garota que enfrenta as restrições de sua família classe média (às 14h30); e São Bernardo (1972) sobre o relacionamento problemático entre um fazendeiro “novo rico” e sua mulher, uma professora que se solidariza com os empregados oprimidos (às 21h). Ambos serão precedidos, respectivamente, pelos curtas Rio – Carnaval da Vida (1978) e Nelson Cavaquinho (1969). No sábado também será exibida a trilogia de curtas que compõem a série Imagens do Inconsciente (1983/86), baseada em casos pesquisados pela psiquiatra Nise da Silveira, no Rio de Janeiro: Em Busca do Espaço Cotidiano, No Reino das Mães e A Barca do Sol (às 17h). Ainda na programação, como não poderia faltar, Eles Não Usam Black-Tie (1981) – vencedor do Leão de Ouro de Veneza –, A Falecida (1965), elogiado pelo diretor Bernardo Bertolucci, e ABC da Greve (1979/90) que registrou a primeira greve brasileira fora da fábrica, em pleno governo militar, além do curta-metragem Leon de Ouro (1995), de Eduardo Escorel, um retrato fiel da vida do cineasta morto em 1987. A mostra se estende até 11 de setembro; programação completa em www.sescsp.org.br. O Cinesesc fica na r. Augusta, 2.075, Cerqueira César, tel. 3082-0213 e a Galeria Olido fica na av. São João, 473, tel. 3334-0001. Entrada franca.

 

 

 

Festival de Curtas

O 16o Festival de Curtas de São Paulo acontece até este sábado. No total, são cerca de 400 produções exibidas em oito salas da capital – Cinusp, Centro Cultural São Paulo, Cinemateca, Espaço Unibanco de Cinema, Cinesesc, Faap e no Museu da Imagem e do Som (Auditório e Sala Multimídia) – e em escolas públicas da zona leste. Os destaques da programação do Cinusp ficam por conta da seção Cinema em Curso, que exibe somente curtas brasileiros, de segunda a sexta, às 16h. Nas sessões das 19h, estão programadas as séries 15 Anos de Sam Spiegel Film and Television School, em homenagem à escola, considerada uma das melhores do mundo na área de cinema (segunda); 10 Anos de Dogma sobre o movimento e manifesto cinematográfico surgido na Dinamarca (terça); Siemens Micromovies do Brasil e Internacional, reunindo curtas de cerca de um minuto feitos por universitários através da câmera de vídeo do celular (quarta); “Title Designer”, uma palestra ilustrada, com o curador alemão Dirk Steinkuhler, sobre os créditos da abertura de filmes, que ultimamente têm se destacado como verdadeiros curta-metragens (quinta); e Marca do Curta, com produções brasileiras de exatos quatro minutos cada (sexta). O Cinusp fica r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540. Grátis. Programação completa no site www.usp.br/cinusp.

 

 

 

Retrospectiva Kieslowski

A mostra “Retrospectiva Krysztof Kieslowski” continua em exibição até este domingo no Centro Cultural Banco do Brasil. Na programação desta última semana está o aclamado A Dupla Vida de Véronique (1991), sobre duas meninas – Weronika e Véronique – que nascem no mesmo dia, não se conhecem, mas são praticamente idênticas e sentem um estranho elo de ligação no mundo (terça, às 14h). No mesmo dia, às 20h, acontece um debate com a pesquisadora Érika Savernini, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ainda durante a semana serão exibidos os dez Decálogos, série de filmes de média-metragem produzidos para a TV polonesa, em 1988, livremente inspirados nos Dez Mandamentos do Antigo Testamento – inéditos no circuito comercial de São Paulo. Do mesmo ano, também serão apresentados dois filmes desconhecidos do grande público: Não Matarás e Não Amarás. Ambos têm um olhar analítico da sociedade polonesa e a visão crítica sobre o autoritarismo do Estado e são uma ampliação dos médias-metragens Decálogo Cinco e Seis, respectivamente. A programação completa está em www.bb.com.br/cultura. O CCBB fica na r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00; entrada gratuita para palestra.

 

 

 


Entreatos retrata a campanha presidencial de Lula

Mídia e Política

Discutir as relações estreitas entre a mídia e a política é o intuito da nova mostra da Cinemateca, que começa nesta quarta e vai até domingo. “Mídia e Política” traz 12 filmes nacionais que retratam o assunto, e promove também debates entre especialistas, protagonistas do atual

contexto político, e do chamado “quarto poder”. Entre os destaques, Terra em Transe (1967) e Maranhão 66 (1966), ambos de Glauber Rocha – na quarta, às 17h15, e quinta, às 17h45, respectivamente; Entreatos (2004), documentário de João Moreira Salles (quarta, às 20h45, com reprises), e Doces Poderes (1996), de Lúcia Murat – na quinta, às 20h45, exibido com Veja e Ouça (2004), de André Francioni. Os debates contam com a participação de Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, e Felipe Bueno, da Rádio Bandeirantes, entre outros, discutindo A Mídia e a Crise Política (quarta, às 19h15); e na quinta, às 16h, os convidados são Antonio Carlos Pannunzio, presidente estadual do PSDB e Ricardo Berzoini, secretário nacional do PT, e o tema é Qual Reforma Política? A programação completa está em www.cinemateca.com.br. A Cinemateca fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, tel. 5084-2177. Ingressos a R$ 8,00, e entrada gratuita para as palestras.

 

 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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