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Castelos de Areia, vencedor do Oscar em 1977, e Tchou-Tchou, de 1972, do mestre da animação Co Hoedeman


Festival de Animação Canadense

Em sua segunda edição, o festival apresenta a partir de quarta, obras-primas da National Film Board (NFB), mostrando o cinema de animação de Co Hoedeman, um dos mestres do gênero – pioneiro no uso da técnica de Stop Motion (cenas filmadas frame a frame), que tem na sua filmografia cerca de 20 títulos, a maioria para o público infantil. A seleção feita por Daniel Schorr traz, principalmente, seus filmes mudos, datados desde 1949 até 2004, em um panorama da produção da NFB. Entre eles, o ganhador do Oscar, Castelos de Areia (1977), uma fábula sobre a construção de um castelo por pequenas e estranhas criaturas feitas de esponja e areia; além de Tchou-Tchou (1972) e O Teatro da Mariana (2004). A mostra apresenta ainda filmes de seus contemporâneos, como Paul Driessen com Ryan (Oscar de Animação 2004), Real Bérard & André Leduc com Alma Negra (Palma de Ouro em Berlim em 2003) e Bernard Longpré e André Leduc com Monsieur Pontu, de 1975 (indicado ao Oscar). Paralelamente, acontecem oficinas, abertas ao público em geral, sobre a técnica de silhueta, uma das mais antigas da animação (agendamentos pelo tel. 3113-3649); além das palestras “A animação para crianças e a arte da animação” (quinta, às 19h30) e “O trabalho de Co Hoedeman”, com o próprio realizador e o curador Daniel Schorr (sexta, às 19h30). A abertura acontece às 15h, e a mostra segue até 23 de outubro, com programação a partir das 10h (dias e horários em www.bb.com.br/cultura). No Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651). Grátis.

 

 

 


Os próprios presos manipulam a câmera em O Prisioneiro da Grade de Ferro

Estéticas dos realizadores

Continua em cartaz a mostra “Cinema Brasileiro – Estética e Política” que revê a fase política do cinema. Na programação desta semana a discussão gira em torno das propostas e estéticas na realização de filmes, com O

Prisioneiro da Grade de Ferro (Auto-Retratos) e uma seleção de curtas de oficinas de produção de audiovisual. No longa, de 2003, dirigido por Paulo Sacramento, os presos aprendem a utilizar as câmeras de vídeo e registram o cotidiano do maior presídio da América Latina, o Carandiru, um anos antes de sua desativação (segunda e terça, às 19h, e quinta e sexta, às 16h). Também foram selecionados pelo pesquisador e documentarista Reinaldo Cardenuto vários curtas produzidos na periferia da cidade de São Paulo (segunda e terça, às 16h, e quinta e sexta, às 19h), e é ele quem participa do debate com a professora Moira Toledo (Oficinas Kinoforum) na quinta, depois da última sessão. No Cinusp, r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540. Grátis.

 

 

 

Quem Tem um Sonho não Dança

Usando como título a música de Cazuza, a nova mostra do Centro Cultural São Paulo reúne as produções dos anos 80, abrindo nesta terça com a exibição de Noites Paraguayas (1982), de Aloysio Raulino, que retrata a trajetória de imigrantes paraguaios que deixam seu país para tentar a sorte em São Paulo (16h). Ainda na programação, Bete Balanço (1984) e Rock Estrela (1986), ambos de Lael Rodrigues;Clara Crocodilo (1981), de Cristina Santeiro; e Brasa Adormecida (1986), de Djalma Limongi Batista; além de clipes de bandas e cantores dos anos 80, como o Barão Vermelho com Cazuza, e Legião Urbana. Ainda acontece o debate “O universo cultural do anos 80”, com Marcelo Tas, Paula Dip e Otávio Donasci (dia 19, às 20h) e um show com a banda Magazine, de Kid Vinil (dia 21, às 19h). Também está em cartaz até 19 de novembro (sempre aos sábados, às 14h), a mostra “Cinema da Quebrada”, que pretende dar visibilidade às produções da nova geração de realizadores. O CCSP fica na r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3277-3611. Grátis.

 

 

 

Preservação e restauração

A Cinemateca Brasileira sedia de sexta a domingo o 1o Estágio Ibermedia de Restauração Digital, associado ao Projeto de Restauração dos filmes de Joaquim Pedro de Andrade, com exibição de títulos a partir da década de 30 até 70. É um fórum de debates sobre preservação e restauração de filmes no Brasil e na América Latina, que vai reunir pesquisadores, cineastas, técnicos e representantes de acervos fílmicos. Entre os principais assuntos, a utilização de tecnologias digitais e fotoquímicas no Brasil e seus aspectos éticos e estéticos; a colaboração entre herdeiros, detentores de direitos de acervos fílmicos e arquivos brasileiros; a difusão dos filmes restaurados, sua distribuição comercial e não-comercial em salas de cinema, televisão, e também em vídeo e DVDs, entre outros. E na programação de filmes, O Poeta do Castelo (1959),Couro de Gato (1960) e Macunaíma (1969), todos de Joaquim Pedro de Andrade - o primeiro traz versos lidos pelo poeta Manuel Bandeira, o segundo reúne ficção e realismo para mostrar garotos de uma favela que roubam gatos para fabricantes de tomborins, e o último é uma adaptação da obra de Mário de Andrade. Ainda serão exibidos Alô, Alô, Carnaval (1936), de Adhemar Gonzaga,O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho, e Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, entre outros. Sexta, às 17h, e sábado e domingo, a partir das 11h, com entrada franca, na Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana). Mais informações pelo tel. 5084-2177, ramal 210.

 

 

 

Subterrâneos em Brasília

Nesta terça acontece a pré-estréia do filme Subterrâneos, de José Eduardo Belmonte, dentro do projeto Encontro com o Cinema Brasileiro do Centro Cultural Banco do Brasil. É uma ficção metalingüística ambientada em um centro comercial de Brasília, cheio de prostitutas, evangélicos e travestis. Na história, um sindicalista (Murilo Grossi) abandona o trabalho para escrever sobre esse centro comercial e, durante três dias, percorre suas ruas, encontrando pelo caminho uma mulher que busca desesperadamente uma solução para sua vida, e um italiano que está gravando um documentário. Sessão às 17h, seguida de debate com o diretor e o professor da ECA/USP, Ismail Xavier. O CCBB fica na r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00.

 

 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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