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escentralização e desburocratização administrativa e acadêmica, critérios para financiamento da pesquisa e do ensino, revisão do Estatuto, mais agilidade na atuação da Consultoria Jurídica, autonomia do saber, mais investimentos em iniciação científica, expansão da internacionalização universitária, consolidação da USP como referência primordial nas diversas áreas de políticas estratégicas do País, definição de critérios para agilizar o contato com a sociedade através das fundações de apoio e reestruturação da carreira docente e de funcionários. As propostas de trabalho dos candidatos que disputam o cargo de reitor da USP para o mandato de 2006 a 2009 são coincidentes em muitos aspectos, exceto pela ênfase dada a cada um desses temas.

No debate promovido no dia 6 de outubro na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), os cinco reitoráveis declarados apresentaram um resumo dos seus planos de gestão e responderam a algumas perguntas da platéia presente na sala da Congregação. Os candidatos são o pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, Adilson Avansi de Abreu, o coordenador do Espaço Físico da USP, Antonio Marcos de Aguirra Massola, o vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz, o diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Sedi Hirano, e a pró-reitora de Pós-Graduação, Suely Vilela.

Ao responder sobre a postura adotada em relação às fundações de apoio, os cinco candidatos deixaram claro que pretendem promover as parcerias com essas organizações e também com a iniciativa privada, desde que esse relacionamento venha a potencializar a missão própria da universidade e seu papel de prover ensino público e de qualidade. “A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária já regulamentou essas atividades, estabelecendo no seu Regimento parâmetros muito claros e legítimos para essa relação. A regulamentação desse relacionamento dinamizou muito os cursos de especialização, o ensino a distância e a formação profissional”, afirmou Avansi.

Para o pró-reitor, fundamental na relação com as atividades-meio é a definição de critérios específicos para o papel das entidades de apoio financeiro. “Ainda que redefinamos os procedimentos operacionais, a administração pública tem amarras que são insuperáveis e para agirmos bem, em contato com a esfera pública e privada, precisamos do apoio de fundações ágeis”, disse Avansi.

A pró-reitora de Pós-Graduação, Suely Vilela, defende a constitucionalização do orçamento da Universidade, embora reconheça também a necessidade de recursos extra-orçamentários, seja de origem federal, de doações de alunos e de outras fontes. Destacou, no entanto, a necessidade da criação de mecanismos de acompanhamento e controle das atividades das fundações de apoio.

“Precisamos desideologizar esse tema e chegar a um consenso democrático. Nossa proposta é chegar a um ordenamento jurídico que normalize essa situação”, disse o vice-reitor Hélio Cruz. “Não podemos permitir que grupos minoritários impeçam a deliberação de um tema tão importante. As fundações de apoio são colaboradoras importantes, possuem roupagens de natureza jurídica e legislação que facilitam o relacionamento em termos de pesquisa e ensino e conseqüentemente a integração com a sociedade. Isso tem tudo a ver com nossa proposta de universidade de classe internacional, que defende o enraizamento da USP na sociedade.”

Plano de carreira

Massola enfatizou a necessidade de estimular os servidores através de um plano de carreira “que não é reformulado desde 1972, quando o então reitor Miguel Reale foi ao governador Laudo Natel e estabeleceu este plano de carreira que temos até hoje”. Massola pretende ofertar condições adequadas ao desenvolvimento das atividades “não só dos docentes, mas também dos funcionários, aproveitando as unidades que podem ofertar isso, implementando benefícios adequados principalmente na área de saúde e especialmente no que diz respeito à assistência médica”. Para ele, “isso é fundamental para que nosso docente e nosso funcionário não tenham que ficar na fila do Hospital Universitário e saibam que têm apoio da Universidade no momento que venham a necessitar dela”. Revelou que tem um programa para a Comissão Especial de Regimes de Trabalho (Cert), a qual “tem que saber trabalhar com as diferentes facetas que as unidades possuem”, além de uma proposta Previdenciária e de reformulação do Estatuto, vigente desde 1988.

Entre as prioridades destacadas pelo professor Hirano, constam em seu programa a reformulação de espaços físicos como salas de aulas e de estudos, bibliotecas, centros de pesquisa e outros, que “precisam ser redimensionados, reprogramados e planejados de modo a obedecer as normas técnicas de higiene e de segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de docentes, discentes e funcionários”. O respeito à autonomia dos movimentos e agremiações representativas dos estudantes, apoio a projetos de assistências estudantis e reprogramação dos espaços destinados à socialização dos alunos, além de uma política de ampliação das bolsas de iniciação científica, também foram destacados. Hirano defendeu, entre outros temas, uma política de reposição de claros docentes fundada no princípio da qualidade da interface ensino-aprendizagem, autonomia acadêmica, indissociabilidade do ensino e da pesquisa e carreira docente baseada na dedicação em tempo integral, salvaguardando as especificidades.

 

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