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Bed
Scenes integra a mostra especial de curtas de François
Ozon |
Produção
da BBC, A Melhor Idade, de Jon Jones |
Mix Brasil
Começa
nesta sexta a 13a edição do Festival de Cinema
e Vídeo da Diversidade Sexual, o Mix Brasil 2005. Com
a maior programação já realizada, este
ano serão exibidas cerca de 200 produções,
entre filmes e vídeos, longas e curtas-metragens de
mais de 20 países. São filmes que têm
desde produções independentes, com novas propostas
de linguagem, até produções sofisticadas,
todas abordando as mais diversas manifestações
sexuais. Entre os destaques, podemos citar a programação
especial com filmes da China e África do Sul e a mostra
François Ozon, com curtas produzidos pelo diretor francês
nos anos 90, sobre pequenas histórias que giram em
torno das diferentes possibilidades de criação
dos relacionamentos sexuais. Na mostra principal, destaque
para A Melhor Idade, de Jon Jones, produção
da BBC sobre a descoberta do amor gay na idade madura; Dublê
de Sexo (Peru/EUA), de Lisset Barcellos, que trata de hermafroditismo;
Tartarugas Também Choram (EUA), de Tim Kirkman, indicado
ao prêmio do júri no último Sundance Festival;
e o documentário norte-americano Jornada da Fé,
de Barbara Rick, que acompanhou uma freira lutar pelo direito
de os homossexuais freqüentarem a Igreja católica,
enfrentando autoridades como o então cardeal Joseph
Ratzinger a protagonista, irmã Jeannine Gramick,
virá ao Brasil como convidada do evento. Além
dos filmes, o evento promove todos os dias festas em diferentes
lugares da cidade e o já tradicional Show do Gongo,
com Marisa Orth exibindo produções de até
5 minutos, inscritas na hora do evento (dia 17, às
22h, no Cinesesc). As sessões acontecem no Centro Cultural
Banco do Brasil, no Cinusp, no Espaço Unibanco, no
Cinesesc, na Galeria Olido e em mais sete salas. Em São
Paulo a mostra fica até 20 de dezembro, partindo então
para o Rio de Janeiro e Brasília. Mais informações
e programação completa em www.mixbrasil.org.br.
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Estréiasnacionais
Entram
em cartaz nesta sexta em circuito comercial O Signo do Caos, última
produção de Rogério Sganzerla e Cinema, Aspirinas
e Urubus, de Marcelo Gomes. Logo em seu primeiro longa-metragem,
O Bandido da Luz Vermelha, Sganzerla alcançou reconhecimento
internacional, e manteve a boa fama até a morte; em O Signo
do Caos fez uma crítica à censura arbitrária
e à falta de liberdade de expressão imposta aos artistas
e criadores independentes. Para isso conta a história de
Dr. Amnésio que controla, de acordo com seu julgamento, a
entrada e saída de materiais cinematográficos para
o serviço de censura, e, em uma segunda parte, a performance
de uma bailarina mulata que dança em homenagem ao samba,
à cachaça e ao futebol. Já Cinema, Aspirinas
e Urubus, que entra em circuito depois de fazer parte da 29a Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo, se passa em 1942 e
retrata dois homens muito diferentes (um alemão urbano e
educado e um nordestino fugido da seca), que percorrem o interior
do Brasil mostrando os milagres de um novo remédio: a aspirina.
As duas produções entram em cartaz após alcançar
reconhecimento em mostras internacionais.
Italianos
clássicos
Nesta
semana o Centro Cultural São Paulo faz uma homenagem à
cinematografia italiana. Com três sessões diárias
de terça a domingo serão exibidos clássicos
como A Batalha de Argel (1965), de Gillo Pontecorvo, uma reconstituição
da luta dos argelinos por sua independência da França
(terça, às 16h); A Doce Vida (1960), de Federico Fellini,
sobre um jornalista inserido no mundo da alta sociedade (quarta,
às 16h); e A Classe Operária Vai ao Paraíso
(1971), de Elio Petri, que apresenta um protagonista dividido entre
as tentações da sociedade de consumo e os ideais da
esquerda radical (quarta, às 21h). Também na programação
Desajuste Social (1961), de Pasolini, sobre um cafetão que
se apaixona por uma ingênua jovem (quinta, às 16h),
e Pai Patrão (1977), de Paolo Taviani, baseado na autobiografia
de Gavino Ledda, vencedor da Palma de Ouro do ano (quarta, às
19h), além de O Belo Antonio (1960) e Metello (1970), ambos
de Mauro Bolognini (terça, às 18h e às 20h,
respectivamente). O CCSP fica na r. Vergueiro, 1.000, tel. 3277-3611.
Grátis, com retirada de ingressos uma hora antes. Programação
completa, com horário das reprises no www.centrocultural.sp.gov.br.
Eduardo
Escorel
A mostra
Eduardo Escorel exibe nesta semana mais alguns documentários
do cineasta. Ocupa a programação a trilogia dirigida
por Escorel e idealizada pelo produtor Cláudio Kahns e pelo
cientista político André Singer sobre as principais
revoluções vividas pelo Brasil. 1930 Tempo
de Revolução (1990), que aborda não só
a revolução de 30, mas outras anteriores, como a do
Forte de Copacabana, de 1922, e o movimento tenentista, de 1924,
será exibido junto com 32 A Guerra Civil (1992), sobre
a luta pela constitucionalização (segunda e terça,
às 19h, quarta e quinta, às 16h); e o terceiro é
35 O Assalto ao Poder (2002), sobre as insurreições
da intentona comunista que tentaram derrubar Getúlio Vargas
(horários invertidos). Na sexta, às 16h, Eduardo Escorel
ministra a palestra Cinema e História
em que discorre sobre a falta de preservação de registros
do passado e da dificuldade de realizar filmes a partir destes registros
e às 19h é a pré-estréia de seu
filme Vocação ao Poder, co-dirigido por José
Jofflily, um documentário que acompanha seis candidatos concorrendo
ao cargo de vereador nas eleições de 2004, no Rio
de Janeiro. O Cinusp fica na r. do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colméias,
Cidade Universitária, tel. 3091-3540. Certificado de participação
na palestra será concedido mediante inscrição
prévia na Administração do Cinusp (mesmo endereço,
favo 37). Grátis; para a pré-estréia retirar
senhas às 18h, na Administração.
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