O
núcleo Vai-Vai, com 21 caixas de som e três textos |
a instalação Entre, composta por dois conjuntos
monumentais em vidro |
Nuno
Ramos no Tomie Ohtake
Será
inaugurada nesta terça uma grande mostra do artista
Nuno Ramos no Instituto Tomie Ohtake, apresentando trabalhos
inéditos. Com uma produção marcada por
profunda relação com a poesia e a literatura
e pela utilização variada de suportes, como
instalação, pintura, desenho, música
e vídeo, a exposição está voltada
para a interdisciplinaridade de sua linguagem. Nuno Ramos,
na condição de artista e escritor, concebe uma
obra na qual o mundo das palavras faz parte de uma exuberante
e perturbadora plasticidade. Dois dos quatro núcleos
de trabalhos, Vai-Vai e Carolina, são pautados por
textos criados pelo artista. Em Carolina, que ocupa o saguão
do instituto, por exemplo, a palavra se torna objeto. As 72
laudas escritas pelo artista rendem quase quatro horas de
gravação, e por meio da obstrução
das portas de um espaço interno fisicamente pressionado
pelos falantes, o espectador ouve, entre essas paredes paralelas,
perguntas e respostas de uma longa lista de chamada... Em
outro núcleo, são apresentadas quatro pinturas
em grandes formatos (em torno de 8m x 3m x 3m). A mostra traz
ainda a instalação Entre, composta por dois
conjuntos de esculturas monumentais em vidro. São trabalhos
exclusivamente plásticos, que ocupam o pólo
oposto dos mais conceituais Carolina e Vai-Vai, mas onde a
mesma mistura de pensamento e matéria parece se dar.
Trabalhos realizados por alunos e professores no curso
orientado por Stela Barbieri, diretora de arte de Ação
Educativa do instituto, com aulas baseadas na formulação
de Nuno Ramos serão exibidos no ateliê,
paralelamente à mostra do artista. Visitação
de terça a domingo, das 11h às 20h, com entrada
franca, até o dia 2 de abril. O Instituto Tomie Ohtake
fica na av. Brig. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel. 2245-1900
(entrada pela r. Coropés, 88).
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Ilustração
em Zoologia
O Museu
de Zoologia da USP apresenta a exposição temporária
Ilustração em Zoologia: da paisagem ao microscópio,
com curadoria do professor Nelson Papavero, que traz a arte de representar
animais na ciência. São painéis, cenários
e objetos que fazem referência a pinturas em cavernas, mostrando
como começou o desenvolvimento das formas científicas
de ilustração na Grécia, Idade Média
e Renascimento, até hoje, com o uso dos microscópios,
desenhos e fotografias. No mesmo local, a exposição
de longa duração Pesquisa em Zoologia
A Biodiversidade sob o Olhar do Zoólogo ganhou novos
equipamentos multimídia para exibição de imagens
microscópicas e de filmes, além de ter seus painéis
reformulados. Em cartaz até 2 de julho, de terça a
domingo, das 10h às 17h, no Museu de Zoologia (av. Nazaré,
481, tel. 6165-8100). Ingressos: R$ 2,00.
Brincando
de casinha
A exposição
Brincando de Casinha com Inah fica em cartaz até
abril no Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga). A mostra
é resultado da doação que Inah Meirelles Faria
Guimarães fez de bonecas e brinquedos usados, e de uma casinha
especialmente construída para suas brincadeiras, na cidade
de Araras, interior de São Paulo, no final dos anos 30. Todos
os objetos da pequena casa também podem ser vistos nas salas
ambientadas do museu, como se fosse a antiga residência daquela
época a cozinha, a sala de visitas e a sala de jantar
com todos os móveis e objetos utilizados. Ainda integram
a mostra jogos e brinquedos dos anos 1930/1940, para meninos e meninas,
inclusive peças do acervo do próprio museu, expostas
pela primeira vez, além de atividades lúdicas coordenadas
pelo Serviço Educativo do Museu Paulista, com pré-agendamento.
Visitação de terça a domingo, das 9h às
17h, no Museu Paulista (Parque da Independência, s/no, Ipiranga,
tel. 6165-8000). Ingressos: R$ 2,00 (crianças até
6 anos, idosos e portadores de necessidades especiais não
pagam); grátis no terceiro domingo de cada mês.
Fotografias
no MAM
Duas
mostras estão em cartaz no Museu de Arte Moderna de São
Paulo (MAM). A produção fotográfica de Pierre
Verger (1902-1966) traz cerca de 290 chapas, com fotos inéditas.
Entre alguns dos temas explorados em estados como Pernambuco e São
Paulo estão manifestações populares, artesanato
e sertão. Nas suas cinco décadas de trabalho, Verger
percorreu os cinco continentes e realizou cerca de 62.000 imagens.
A outra mostra é Veracidade, concebida pelo fotógrafo
Eder Chiodetto, que selecionou 32 colegas de profissão com
trabalhos que integram o acervo do MAM. Com um total de 56 imagens,
a coletiva traz desde os precursores como Geraldo de Barros aos
mais novatos, como Alberto Bitar. Ambas ficam em cartaz até
o dia 26 de março, de terça a domingo, das 10h às
18h. MAM Ibirapuera (Parque do Ibirapuera, portão 3, tel.
5549-9688). O ingresso custa R$ 5,50 (menores de 10 anos e pessoas
com mais de 65 anos não pagam); grátis aos domingos.
Panorama
Fotográfico de São Paulo
O Museu
da Imagem e do Som (MIS) expõe a tela Panorama Fotográfico
de São Paulo, importante peça do seu acervo, de autoria
do artista e fotógrafo Valério Vieira. Graça
Seligman (diretora do MIS) e João Batista de Andrade (secretário
de Cultura do Estado de São Paulo) levaram em consideração
a importância da obra para a história da fotografia,
pela inovação, singularidades técnicas da execução
e a importância do seu registro iconográfico, e, juntos,
consolidaram o projeto do espaço expositivo permanente nas
dependências do MIS, a Sala Valério Vieira. Produzida
entre 1919 e 1922, em técnica mista de fotografia policromada
a óleo colada sobre tela, foi encomendada pela Prefeitura
da Cidade de São Paulo para a comemoração do
Centenário da Independência no Rio de Janeiro, quando
foi exposta pela primeira vez. Retrata a cidade de São Paulo
nos momentos iniciais da industrialização e foi realizada
do ponto mais alto da cidade na época: a torre do Liceu Sagrado
Coração de Jesus. A exposição permanente
pode ser visitada de terça a domingo, das 12h às 20h,
com entrada franca. O MIS fica na av. Europa, 158, tel. 3062-9197.
Obra
da série Sweet Dreams Security do artista alemão
Matthias Megyeri |
Mostra
de Design
A
partir de terça entra em cartaz no Sesc Pinheiros a
mostra internacional de design Safety Nest O
Ninho Seguro, que apresenta uma ampla reflexão
sobre o papel do design na busca da segurança
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e
proteção doméstica. A proposta foi desenvolvida
a partir da pesquisa para a exposição Safe:
Design Takes on Risk realizada em 2005 no MoMa (NY), que
abordou o tema da segurança em diversos aspectos. Para
a mostra no Brasil foram convidados novos designers (nove no
total) de diferentes países, que apresentam 17 instalações,
como Mil Folhas, da brasileira Jacqueline Terpins, um labirinto
de mil folhas em vidro, e Railings (grades), Razor Wire, Mrs.
Welcome Curtain e Glass Figures, da série Sweet Dreams
Security, do alemão Matthias Megyeri, que mistura grades
de ferro com coelhinhos como lanças, arame farpado com
borboletas, cortina com estampas de grades, etc. Curadoria-geral
de Nicola Goretti. Paralelamente, acontecem palestras e workshops.
A mostra pode ser visitada até 30 de abril, de terça
a sexta, das 13h às 21h30, e sábados, domingos
e feriados, das 10h às 18h30, no Sesc Pinheiros (r. Paes
Leme, 195, tel. 3095-9400). A entrada é gratuita. |
Estação
Pinacoteca
Duas
mostras acontecem a partir deste mês na Estação
Pinacoteca. Equipo Crónica, com curadoria de
Facundo Tomás, apresenta cerca de 60 obras da coleção
do Instituto Valenciano de Arte Moderna (Ivam), entre pinturas,
serigrafias, colagens, linóleos e esculturas. A partir de
pressupostos formais tomados da art pop, Juan Antonio Toledo, Rafael
Solbes e Manolo Valdés fundaram, na década de 60,
a Equipo Crónica. A equipe emprega a figuração
concebida com um caráter crítico, de reportagem ou
crônica da realidade social e política. Em sua obra,
os objetos não são interpretados como formas estéticas,
mas como elementos imersos no âmbito social, cultural e histórico,
possuidores de um sentido, significado ou valor representativo desta
realidade. Apesar da familiaridade com a matriz pop, o grupo consolidou
uma produção original, articulando elementos da história,
dos meios de comunicação de massa e da história
da arte com um viés crítico. A outra exposição
é Brancos, que traz seis pinturas recentes de
Célia Euvaldo. São obras em grandes dimensões,
em que a artista apresenta uma linguagem pictórica densa
através da utilização do branco ao lado
de outros tons, em que a tela não é recoberta. Os
quadros exigem uma observação prolongada: apenas lentamente
a visão se acostuma às suas variações
a ponto de poder diferenciá-las. Ambas ficam em cartaz até
o dia 26 de março, de terça a domingo, das 10h às
18h, na Estação Pinacoteca (Largo General Osório,
66, Luz, tel. 3337-0185). Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00; aos sábados
a entrada é gratuita.
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Co-sentimento
A exposição Co-sentimento, organizada
pelos alunos do segundo ano de Jornalismo da Escola de Comunicações
e Artes (ECA) da USP, é uma forma de homenagear o colega
Rafael Azevedo (morto no final de 2005). Com o tema Dor e Prazer,
a proposta das imagens é transmitir ao público
aquilo que talvez seja o maior desafio |
da
fotografia: fazer com que o observador sinta, de fato, sua emoção
expressa por meio de uma imagem. Com texto de Susan Sontag e
também dos alunos. A exposição fica em
cartaz até o final de março no Espaço A.
C. DÁvila do Departamento de Jornalismo e Editoração
da ECA (av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Bloco
A, Cidade Universitária, tel. 3091-4112), de segunda
a sexta, das 8h às 22h50, com entrada franca. |
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