Situações
cotidianas no texto de Mark Harvey Levine
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Seis
Aperitivos
Formado por seis peças curtas completas, Aperitivos
mostra situações triviais e insólitas do
cotidiano, com duração de 10 a 15 minutos cada,
do autor americano Mark Harvey Levine, revelação
do teatro |
contemporâneo
dos Estados Unidos. São elas: O Aluguel, em que uma mulher
ganha de presente de aniversário um namorado de aluguel;
Surpresa, um paranormal que tem o dom de prever o que vai acontecer
nos próximos dois minutos; Aperitivos, sobre um casal
que fica deslocado em uma festa chique; Super-Herói mostra
uma mulher em apuros enquanto seu vizinho está disposto
a arrombar a porta para salvá-la; Tons, com 12 minutos
divididos em seis blocos, com uma ação que se
repete e, a cada vez, o texto se modifica mudando a relação
de três personagens (a namorada, seu ex e o atual parceiro);
e, por fim, Roteirizado, única peça do autor publicada,
que traz um casal que encontra ao lado da cama um roteiro do
que será seu dia. Entre um e outro quadro, os atores
aparecem como garçons e mestres-cucas servindo a platéia,
em sentido figurado. Com a Pausa Companhia (Curitiba), dirigida
por Márcio Mattana. Em cartaz até 26 de março,
sextas e sábados, às 21h, e domingos, às
20h, na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo
(r. Vergueiro, 1.000, tel. 3277-3611). Ingressos: R$ 12,00. |
Personagens
cruéis, mas ternos
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Carícias
É
um drama urbano com situações vividas por personagens
repletos de uma crueldade autodestrutiva, mas que se revelam
ternos. São 11 textos curtos escritos pelo autor espanhol
Sergei Belbel,
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com
tradução de Christiane Jatahy, que cria diálogos
correlatos e interdependentes; assim cada protagonista tem igual
importância. Entre as cenas, um casal que briga no confinamento
de um quarto que se expande para o contato impossível
entre filha e mãe, ou a mesma mãe que se encontra
com uma mulher idosa no asilo. A diretora Márcia Abujamra
consegue manter o elenco durante todo o espetáculo no
palco como um coro, apesar de as cenas serem apresentadas por
duplas. A temporada de Carícias vai até 26 de
março, sábados e domingos, às 20h, no Galpão
2 do Sesc Belenzinho (r. Álvaro Ramos, 915, Belenzinho,
tel. 6602-3700). Ingressos: R$ 15,00. |
A
Noite Antes da Floresta
O monólogo
escrito pelo dramaturgo francês Bernard-Marie Koltês
teve sua estréia no Festival de Avignon de 1977, sendo seu
primeiro sucesso. O texto, de 62 páginas sem nenhum ponto,
conta a história de um homem que vaga por uma cidade ensopado
pela chuva, tentando estabelecer contato com um desconhecido, que
pode ser encarado como ele mesmo. A direção é
de Francisco Medeiros. A Noite Antes da Floresta fica em cartaz
até 8 de abril, sextas e sábados, às 21h30,
no Espaço dos Satyros 1 (Praça Franklin Roosevelt,
214, Consolação, tel. 3258-6345). No mesmo local,
terças e quartas, às 21h, está em cartaz até
15 de março Oração para um Pé-de-Chinelo,
de Plínio Marcos. Escrita em 1969 e censurada durante a ditadura
militar foi liberada somente em 1979 , o texto retrata
a violência e a miséria brasileira. Ingressos: R$ 20,00
para cada peça.
Em
cena, o universo da rua |
Agora
e na Hora de Nossa Hora
Baseado
no universo de rua, o espetáculo tem origem na experiência
com crianças de rua, colocando em cena uma cidade
invisível. A dramaturgia inspira-se no
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conto
Macário do escritor mexicano Juan Rulfo, e a montagem
das cenas tem como referência o trabalho do cineasta russo
Sergei Eisenstein, trabalhando ainda com a Técnica de
Mímesis Corpórea, metodologia desenvolvida pelo
grupo Lume, de Campinas, que consiste na observação
e imitação das pessoas em seu cotidiano. Na história,
o menino de rua Pedrinha brinca com os ratos enquanto assiste
à chacina da Candelária. Criação
e atuação de Eduardo Okamoto e direção
de Verônica Fabrini. Até 19 de março, sextas
e sábados, às 21h30, e domingos, às 20h30,
no Teatro Fábrica São Paulo (r. da Consolação,
1.623, tel. 3255-5922). Ingressos: R$ 20,00. |
Essa
Nossa Juventude
A peça
do americano Kenneth Lonergan está de volta aos palcos. Com
diálogos realistas e afiados, essa tragicomédia contemporânea
é um retrato do momento de transição da adolescência
inocente à descrença e dureza do universo adulto.
O espetáculo cobre 48 horas na vida de três jovens.
Na equipe da adaptação estão nomes reconhecidos
no cenário televisivo e cinematográfico: a direção
é de Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças),
produção da atriz Maria Luisa Mendonça, iluminação
do fotógrafo Walter Carvalho e colaboração
do roteirista Bráulio Mantovani (Cidade de Deus). A peça
tem no elenco Paulo Vilhena, Gustavo Machado e Sílvia Lourenço,
e já ganhou duas indicações ao Prêmio
Shell de Teatro de São Paulo nas categorias melhor ator (Gustavo
Machado) e melhor cenografia (Cássio Amarante e Marcelo Larrea).
Sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos,
às 19h, no Teatro Fecomércio (r. Dr. Plínio
Barreto, 285, Bela Vista, tel. 3188-4141). Ingressos: R$ 30,00 e
R$ 40,00 (aos sábados).
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