Exibição
do explosivo documentário, seguido de debates, além
de lançamento do livro, na ECA |
Falcão
Meninos do Tráfico
É
um documentário produzido pelo rapper MV Bill e pelo
produtor Celso Athayde, que retrata a vida de jovens de favelas
brasileiras que vivem do tráfico de drogas. Aliás,
o título Falcão é um termo usado nas
favelas para designar aquele que possui a tarefa de vigiar
a comunidade e informar quando
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a
polícia ou algum inimigo se aproxima. Foram 90 horas
de gravação, na maior parte digital, com a ajuda
dos próprios meninos que posicionavam as câmeras
em suas metralhadoras para registrar as imagens. O filme é
legendado devido à linguagem informal, com tradução
inclusive das gírias, sem narração, nomes
ou localização das filmagens. Com grande repercussão,
vem sendo largamente comentado e discutido, o que acontece nesta
terça na Escola de Comunicações e Artes
(ECA) da USP. Logo depois da exibição do documentário
Falcão Meninos do Tráfico, será
realizado o ciclo de debates Mídia e Periferia, reunindo
o próprio MV Bill, Sérgio Adorno (do Núcleo
de Estudos da Violência da USP), Afrânio Mendes
Catani (da Faculdade de Educação da USP) e Valmir
Salaro (TV Globo), com mediação de Esther Hamburger
(da ECA/USP). Haverá ainda lançamento do livro
homônimo, editado pela Objetiva, que traz um relato pessoal
dos bastidores da produção do explosivo documentário.
Das 14h às 17h, no Auditório Miroel Silveira do
Departamento de Artes Cênicas (av. Prof. Lúcio
Martins Rodrigues, 443, Conjunto Arquitetônico das Artes,
Cidade Universitária). Aberto ao público. Mais
informações pelo tel. 3091-4068. |
Mostra
DOC TV
Encerrando
a mostra nesta semana, que traz um panorama da produção
de documentários no Brasil, destaque para as exibições
de terça dos filmes História Brasileira da Infâmia
Parte 1 (Alagoas), de Werner Salles Bagetti, que mostra a
antropofagia e conspiração na morte do primeiro bispo
do Brasil, Dom Pedro Fernandes Sardinha, seguido de Cidadão
Jacaré (Ceará), de Firmino Holanda e Petrus Cariry,
sobre um homem e sua luta (16h), e Paraíso (São Paulo),
de Marco Antonio Ribeiro Alves, com relações poéticas
a partir de vestígios de lugares e memórias (19h).
Logo após a última sessão acontece discussão
sobre Documentário e Indústria Cultural Linguagens,
com Giba Assis Brasil e Leandro Saraiva, com a segunda parte do
debate na quarta, às 20h, com o tema Mercado discutido por
Nelson Hoineff e Newton Cannito. No Cinusp (r. do Anfiteatro, 181,
favo 4 das Colméias, Cidade Universitária, tel. 3091-3540).
Programação completa no site www.usp.br/cinusp.
A mostra segue depois para o Rio de Janeiro, entre os dias 24 de
abril e 12 de maio.
Melhores
Filmes
Esta
é a última semana do Festival Sesc de Melhores Filmes
de 2005, apresentando entre os destaques O Jardineiro Fiel (EUA),
dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, adaptação
do livro homônimo de John Le Carré, um filme-denúncia
contra a indústria farmacêutica feita através
de um marido que parte em viagem para descobrir o que aconteceu
com sua mulher, uma ativista que foi assassinada (terça,
às 21h); Crash No Limite (EUA), de Paul Haggis, com
várias histórias que abordam a questão racial
(quinta, às 19h); Um Filme Falado (França, Itália,
Portugal), de Manoel de Oliveira, sobre mãe e filha que partem
em um cruzeiro que atravessa o Mediterrâneo, rumo a Bombaim,
na Índia, até que uma estranha ameaça perturbar
a viagem (sexta, às 17h, e domingo, às 15h); Manderlay
(Dinamarca, Holanda, Inglaterra, Suécia, França e
Alemanha), de Lars von Trier, que traz a personagem de Dogville,
Grace, desta vez em uma fazenda onde ainda existe o sistema de escravidão
(sexta, às 21h); e Cabra-Cega (Brasil), de Toni Venturi,
uma obra de ficção que retrata o cotidiano sufocante
dos guerrilheiros que vivem na clandestinidade (domingo, às
17h). No Cinesesc (r. Augusta, 2.075, tel. 3082-0213). Ingressos:
R$ 4,00 e R$ 2,00.
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