O País depois da auto-suficiência

Com a entrada em operação da plataforma P-50 da Petrobras, no dia 21 de abril, o Brasil conquistou a auto-suficiência em petróleo. Essa vitória – obtida em boa parte graças à participação da comunidade científica, que nas últimas décadas desenvolveu pesquisas de ponta na área da extração de petróleo – impõe novos desafios ao País. Entre esses desafios está a modernização das refinarias brasileiras. Construídas na época em que o País era grande importador de petróleo, elas foram projetadas para refinar óleos “leves”, enquanto o produto brasileiro é “pesado”, isto é, de qualidade inferior. Como a Petrobras não tem interesse em deixar de investir no rendoso processo de produção para modernizar refinarias, uma solução é o governo criar condições para que outras empresas invistam na área, opina o professor Edmilson Moutinho dos Santos, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. Já para o professor Paulo Seleghim Júnior, da Escola de Engenharia de São Carlos, a auto-suficiência do Brasil no setor é apenas relativa. “O País ainda não domina diversas tecnologias em etapas importantes do processo de produção e extração do petróleo, como refino e transporte.” Se no cenário interno a Petrobras canta vitória, no plano internacional ela sofreu um revés com o decreto – baixado em 1o de maio pelo presidente da Bolívia, Evo Morales – que nacionalizou a produção de gás e petróleo naquele país, onde a empresa opera. “As autoridades brasileiras devem usar todos os instrumentos de conciliação com a Bolívia, pois um eventual prejuízo da Petrobras naquele país pode causar um aumento da inflação e conseqüente desarranjo na economia”, alerta o professor Rafael Villa, do Departamento de Ciência Política da USP. Internacional e Nacional>>





A história dos tecidos revelada

De 8 a 13 de maio, o Museu Paulista da USP sediará o 1o Seminário Internacional Tecidos e sua Conservação no Brasil: Museus e Coleções, que reunirá pesquisadores de vários países. O evento mostrará a fascinante e desconhecida história dos tecidos, que se confunde com o desenvolvimento da civilização. A professora Káthia Castilho, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, destaca o papel da mulher nessa história, desde a Antiguidade. “Ela era a responsável por todo o processo têxtil. Fiava, tecia, tingia e confeccionava as roupas para toda a família. As roupas representavam a manutenção de um dado posicionamento na hierarquia social que constituía seu meio cultural.” Páginas 8 e 9. Especial>>



Mais além da simples pesca

Uma nova metodologia ensinada no Instituto Oceanográfico da USP – a abordagem ecossistêmica da pesca – considera o impacto dessa atividade sobre todo o ecossistema. Ela investiga as mudanças que acontecem entre as populações marinhas e ainda aspectos sociais e econômicos, como o número de pescadores que cada frota pesqueira utiliza, seus lucros e custos, explica a professora Maria de los Angeles Gasalla, especialista na área. Essa metodologia – que já começou a ser aplicada no litoral brasileiro – pode ajudar na compreensão dos limites da pesca e na preservação das espécies marinhas. Página 7” pesquisa>>



A saúde em São Paulo

Mais de 80% dos fumantes paulistas adquiriram o vício do tabaco durante a adolescência. O tabagismo aumenta na população à medida em que cai a escolaridade. Os fumantes correspondem a 24% da população. Mas, entre as pessoas com condições de moradia precária, o índice sobe para 50%. O sedentarismo é alto: mais de 50% entre os homens e 60% entre as mulheres. Só 4% do universo pesquisado tem alimentação saudável. Esses dados estão no livro Saúde e condição de vida em São Paulo, organizado pelo professor Chester César (entre outros) e lançado no dia 27 de abril, na Faculdade de Saúde Pública da USP. Página 11. cultura>>



VAMOS
em DESTAQUE

Cinema europeu

O Instituto Cervantes promove a partir de terça o ciclo Semana do Cinema Europeu: Convivência Social, que será exibido em vários institutos europeus de São Paulo – o próprio Cervantes, o Instituto Goethe, Instituto Italiano de Cultura e Aliança Francesa.o. cinema>>

 
 
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