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Jean-Luc Lagarce

O autor contemporâneo francês mais montado atualmente no mundo ganha mostra, promovida pelo Consulado Geral da França, pela Prefeitura da Cidade de São Paulo e pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. A Semana Lagarce reúne grupos teatrais de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, França e Portugal, que vão apresentar espetáculos teatrais e leituras dramáticas de textos do dramaturgo, além de workshops e exposição fotográfica de Jean-Luc Lagarce por Lin Delpierre. Na abertura, nesta terça, às 17h, o diretor François Berreur ministra a palestra “Jean-Luc Lagarce, o homem e sua obra”, seguida da apresentação, às 20h30, da peça Music Hall, com os grupos Collectif Artistas Unidos (Portugal) e Compagnie Les Intempestifs (França); a direção é do próprio Berreur e tradução de Angela Leite Lopes (reapresentação na quarta e quinta, no mesmo horário).

Na quarta, acontece a leitura dramática de Histórias de Amor, com a companhia Teatro da Vertigem (São Paulo), com direção de Antonio Araujo e Eliana Monteiro (às 17h30); na quinta, é a vez de As Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna, com a Cia. L’Acte (Rio de Janeiro) e Compagnie Les Intempestifs, dirigida por François Berreur (às 13h30), e ainda serão lidos trechos do texto Do Luxo e da Impotência, com a Companhia Brasileira de Teatro (Curitiba) e participação do ator convidado Luis Mello e direção de Marcio Abreu (às 17h30); e na sexta, a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, dirigida por Marcelo Lazzaratto, encena Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse (às 17h30). No sábado, às 20h30, e no domingo, às 18h, a Companhia Brasileira de Teatro também apresenta a peça Apenas o Fim do Mundo, com direção de Marcio Abreu. Os workshops acontecem na terça, quarta e sexta, às 14h, ministrados por François Berreur, e no sábado, às 18h, o diretor fala sobre “Representar e Montar Jean-Luc Lagarce”.
No Teatro Laboratório da ECA (av. Prof. Luciano Gualberto, trav. J, 215, Cidade Universitária, tel. 3091-4376).

Haverá também lançamento da edição bilíngüe de Apenas o Fim do Mundo, de Jean-Luc Lagarce, primeiro volume da Coleção Palco sur Scène, na sexta, às 12h30, na Biblioteca Mário de Andrade (r. da Consolação, 94, tel. 3256-5270). Mais informações sobre a programação podem ser obtidas nos sites www.eca.usp.br ou www.consulfrance-saopaulo.org.



Querido Pai

O espetáculo teatral Querido Pai, livre adaptação do livro Carta ao Pai de Franz Kafka, estréia nesta terça, às 21h, no Viga Espaço Cênico. A montagem, uma produção do grupo Arquipélago, analisa as relações humanas, políticas e sociais, por meio do conflito entre pai e filho. Baseado nas práticas de atuação criadas pelo diretor da peça Antonio Januzelli (professor da Escola de Comunicações e Artes da USP), em que os atores passam por um processo de “dramaturgização”, ou seja, as cenas do espetáculo nascem das ações dos atores, assim como os depoimentos vêm da experiência pessoal de cada um, influenciados pela carta de Kafka ao pai – em que Kafka contava desde sua infância até a idade adulta, narrando com intimidade e emoção a trajetória da educação que recebeu, e a qual o endereçado nunca leu. A peça fica em cartaz até 11 de outubro, terças e quartas, às 21h, no Viga (r. Capote Valente, 1.323, Pinheiros, tel. 3801-1843). Ingressos: R$ 20,00, com meia-entrada para estudantes, idosos e classe teatral.


Poema reescrito

Passagem das Horas foi escrito em 1915 pelo heterônimo do poeta Fernando Pessoa, o também poeta Álvaro de Campos, que morreria logo depois. No poema, o autor fala de suas angústias, desejos, lembranças e morte, questionamentos que afligem qualquer ser humano. Pessoa teria ressuscitado o heterônimo, em 1917, para escrever uma outra versão do poema, uma espécie de obra póstuma. A mistura desses dois textos compõe o espetáculo Passagem das Horas, do Grupo Trilhas da Arte, com direção de Antonio Ginco. A montagem da peça também recebe influência da obra do pintor simbolista Renè Magritti. Estréia nesta sexta, no Teatro Fábrica São Paulo (r. da Consolação, 1.623, tel. 3255-5922). A temporada vai até 18 de setembro, sextas e sábados, sempre à 0h. Ingressos: R$ 20,00 (meia-entrada para estudantes).


Admirável mulher

A atriz Agnes Zuliani interpreta Emma Goldman, precursora do movimento feminista no início do século 20, que eclodiria nos Estados Unidos nos anos 60, no espetáculo Emma Goldman: Amor, Anarquia e Outros Casos. A peça é um panorama da história de Emma, desde sua chegada a Nova York, emigrada da Rússia, aos 16 anos. Mostra sua luta política, os discursos em praça pública pela liberdade da mulher e sua prisão. Ela participou da 1a Guerra Mundial e da Guerra Civil Espanhola, sempre lutando pela liberdade e justiça, até seu exílio no Canadá. Texto da dramaturga americana Jéssica Litwak e direção de Rodrigo Garcia, bacharel em direção teatral pela ECA/USP. A peça está em cartaz às sextas, às 20h e sábados, às 19h, no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, Pinheiros, tel. 3095-9400), até 2 de setembro. Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (estudantes, serviços matriculados e maiores de 60 anos).


Muitos fracassos

Um homem cujo pára-quedas não abre, um executivo que perdeu o emprego, a fila do INPS ou a espera de quinze horas pela noiva no aeroporto. Essas histórias, que não deram certo, aparecem no espetáculo Fracasso, que estréia nesta quarta, no Teatro Augusta. A peça mostra personagens e sociedade flagrados em situações complicadas, mas que poderiam ser evitadas, por meio de cenas curtas, ligadas pelo tema e pela encenação. A certeza de que os personagens caminham inevitavelmente para o fracasso é o que torna essas situações cômicas. A interpretação dos atores é valorizada nas cenas dinâmicas e com cenário reduzido a biombos móveis, que revelam e escondem os atores. Com a Cia. do Ator Careca e direção de Mônica Granndo. Fica em cartaz até 7 de setembro, quartas e quintas, às 21h, no Teatro Augusta (r. Augusta, 943, Cerqueira César, tel. 3151-4141). Ingressos: R$ 20,00, com meia-entrada.

 


Um filme dentro do teatro

Dois atores, Marco Antônio Pâmio e Rubens Caribé, interpretam 15 personagens para mostrar os bastidores de uma filmagem cinematográfica, na comédia Pedras nos Bolsos, da irlandesa Maria Jones. Quando uma equipe americana de cinema chega a uma pequena cidade da Irlanda do Norte, a vida dos cidadãos se transforma. Dois figurantes da produção decidem fazer seu próprio filme, na busca de ascensão social e financeira, acreditando que assim seriam mais felizes. Nesses desdobramentos do texto, a peça discute fantasia e realidade, convidando os espectadores a refletir sobre suas crenças, sonhos e identidade. A montagem tem direção de Domingos Nunez. No Teatro Crowne Plaza (r. Frei Caneca, 1.360, tel. 3289-0985), sextas e sábados, às 21h e domingos, às 20h, até 1o de outubro. Os ingressos custam R$ 30,00.


Humor negro

Reestréia nesta terça a peça Jovens Suicidas, espetáculo formado por duas pockets peças. Na primeira, uma garota põe anúncio no jornal em busca de homem para trabalhar na sua avícola, mas na verdade faz uma proposta diferente ao candidato. O seqüestro de um pesquisador de mercado por uma suicida é o tema da segunda história. Os personagens passam pela falta de perspectiva, tédio, ou sentem que não conseguem se adaptar ao mundo por mais que se esforcem, e se vêem tentados a cometer suicídio. O cenário remete a uma rua que parece sem saída, um ambiente asfixiante, mostrando, com humor negro, como as personagens interagem com o mundo ao seu redor. O texto e a direção são de Joeli Pimentel, com a Cia. Desencontrários. Fica em cartaz até 14 de setembro, de terça a quinta, às 21h, no Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel. 3383-3402). Os ingressos custam R$ 12,00.


Companhias em debate

Neste mês a programação do Ágora Teatro traz peça e seminário sobre a cena teatral paulistana. Sonho de um Homem Ridículo, baseada no conto de Fiodor Dostoiévski, tem um personagem desiludido e convencido a cometer suicídio; a direção é de Roberto Lage e interpretação de Celso Frateschi (com duas apresentações, neste sábado e no dia 26, sempre às 18h30). O seminário Teatro Paulistano Séc. 5 – Para entendimento do Século 21, que promove um diálogo entre as principais tendências estéticas desenvolvidas no teatro paulistano, inclui cinco palestras, sempre às 20h30: nesta terça, a Fraternal Companhia da Arte e Malas-Artes e Cia. Estável de Teatro são apresentadas por Alexandre Mate; na quarta, Cemitério dos Automóveis e Cia. Os Sátyros são os temas de Sebastião Milaré; no dia 22 de agosto, Valmir Santos fala sobre a Cia. Livre de Teatro e a Cia. São Jorge de Variedades; no dia 23 de agosto, Johana Albuquerque aborda o grupo Razões Inversas e a Cia. Teatro Balagans; e a última palestra, no dia 29, com Iná Camargo Costa, é sobre a Cia. Do Latão e Folias. No Ágora Teatro (r. Rui Barbosa, 672, Bela Vista, tel. 3284-0290). Ingressos: R$ 20,00 para a peça, e entrada franca para as palestras (é preciso retirar convites com uma hora de antecedência).






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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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