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Antonio Gramsci
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O pensador italiano é tema do livro Gramsci e a Revolução
(Alameda Casa Editorial, 240 págs., R$ 34,00), do historiador
e professor do Departamento de História da Universidade
de São Paulo Lincoln Secco. O autor defende que a difusão
sem limites das idéias do marxista, e seus textos fragmentados,
ajudaram a distorcer alguns de seus conceitos, que se tornaram
comuns no final do século 20, como hegemonia e sociedade
civil. Gramsci já foi identificado como socialdemocrata,
eurocomunista, trotskista, liberal e outros, mas, à parte
das interpretações, Secco defende que Gramsci era
antes de tudo um revolucionário, e como tal queria fazer
sua própria revolução. Analisa a influência
das Revoluções Russa e Francesa na obra do pensador
italiano, as obras produzidas durante a prisão na Itália
(1926-1937) – que oscilou entre dois elementos: a revolução
e a restauração – e de que maneira vieram a
interferir no cenário político brasileiro. Originalmente é fruto
da dissertação de mestrado apresentada em 1998 na
USP, incluindo um capítulo escrito depois sobre os livros
lidos na prisão por Antonio Gramsci (a biblioteca do cárcere).
Nesta terça acontece o lançamento do livro, a partir
das 19h, no Canto Madalena (r. Medeiros de Albuquerque, 471, Vila
Madalena, tel. 3813-6814).
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A dramaticidade das ruínas
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As histórias impregnadas na arquitetura de patrimônios é o
que a fotógrafa Ana Lúcia Mariz tenta captar no livro
Alma Secreta (Terra Virgem Editora, 96 págs., R$ 40,00),
que reúne uma seleção de 40 fotos preto-e-branco
e outras 8 coloridas. São imagens de construções
históricas, demolições, ruínas, restaurações
e casarões antigos localizados em cidades do Estado de São
Paulo e da Bahia. Entre os principais prédios, o casarão
Santos Dumont invadido por 400 famílias e hoje restaurado,
a residência de Joaquim Franco de Mello, o mais antigo palacete
da avenida Paulista, e a Igreja de Vera Cruz, a segunda mais antiga
do Brasil, na Ilha de Itaparica. A fotógrafa, conhecida
pelas fotos das ruínas do Complexo do Carandiru, busca com
a obra discutir a relação dos espaços construídos
e as transformações ocorridas com a ação
do tempo e a conseqüente preservação da memória
cultural do País. Exibe uma diversidade de técnicas
para criar efeitos em meio aos cenários , que são
recriados em seus registros fotográficos. “Todas essas
imagens desprendem silêncio e solidão. Ermas e esgotadas,
essas construções, todas elas apresentadas em registros
recentes, balbuciam, no interior do alarido do presente, sua presença
tangível e inquietante”, diz Agnaldo Farias, professor
da FAU/USP, que assina um dos textos do livro. Também o
curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo,
Diógenes Moura, fala sobre as imagens de Ana Lúcia
Mariz: “São recortes vindos da linha do tempo...”.
O lançamento do livro acontece nesta terça, das 18h30 às
21h30, na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho, 915, tel. 3814-5811).
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Calder no Brasil
O maior escultor moderno americano teve uma forte
relação com o Brasil, de mais de três décadas,
não como visitante circunstancial, afinal esteve aqui em três
ocasiões (1948, 1959 e 1960) e expôs muitas vezes. Levou
para os Estados Unidos o samba em suas famosas samba parties, que
dava em sua casa-ateliê em Roxbury, fez muitos amigos brasileiros,
entre eles Oscar Niemeyer, Henrique Mindlin e Mário Pedrosa.
Aqui, também incorporou a figa às jóias que
criava. Alexander Calder ou Sandy para os amigos, nasceu em 1898,
em um subúrbio da Filadélfia, e veio ao Brasil já como
artista consagrado nos Estados Unidos e na Europa, obrigando Marcel
Duchamp a dar nome à sua escultura inédita: o móbile.
No livro Calder no Brasil (CosacNaify/Pinacoteca do Estado, 288 págs.,
R$ 85,00, com fotografias de época), organizado por Roberta
Saraiva, estão reunidos todos os ensaios de Mario Pedrosa
sobre o artista – que em seu primeiro artigo o denominou como
escultor de cataventos, e a partir de 1944 estabeleceu um laço
de amizade que duraria até a morte de Calder, em 1976 – e
de Henrique Mindlin, Carlos Drummond de Andrade, Sérgio Milliet,
Ferreira Gullar, Jean-Paul Sartre e Fernand Léger, além
de trechos da autobiografia de Calder dedicados ao Brasil. O lançamento
acontece no sábado, das 11h às 14h, na Pinacoteca do
Estado (Praça da Luz, 2, tel. 3299-9844), com abertura de
exposição no domingo.
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Arquiteturas da Engenharia
Outro livro que será lançado na Livraria da Vila é o
Arquiteturas da Engenharia ou Engenharias da Arquitetura (Editora
Mandarim/Pini, 176 págs., R$ 48,00), com autoria do engenheiro
Yopanan Conrado Pereira Rabello (doutorado na FAU/USP) e dos arquitetos
João Marcos de Almeida Lopes (professor da Escola de Engenharia
da USP de São Carlos) e Marta Bogéa (doutoranda da
FAU/USP). É um amplo trabalho de pesquisa que mostra a íntima
relação entre arquitetura e engenharia estrutural
em todas as grandes obras da humanidade, do Parthenon à pirâmide
do Louvre. Está organizado em capítulos curtos, que
explicam cada obra, desde construções medievais,
como catedrais góticas, até contemporâneas,
entre elas a ponte Erasmus, em Roterdã, ou as torres de
I.M. Pei, em Hong Kong. Com uma centena de fotos e ilustrações,
o livro percorre a história das construções,
inicialmente de pedra, terra e madeira até a introdução
de materiais de síntese, como aço, vidro, concreto,
alumínio e titânio. O texto revela também a
constante pesquisa de artistas, artesãos, engenheiros e
arquitetos para a busca de novas soluções estruturais,
trazendo exemplos que vão de Galdi, Lina Bo Bardi, Píer
Luigi Nervi, Eladio Dieste, Brunelescchi, entre muitos outros que
deixaram suas marcas no mundo. O lançamento acontece nesta
sexta, às 19h, na livraria (r. Fradique Coutinho, 915, tel.
3814-5811).
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