Em guarda contra a censura

A censura não se refere apenas às ditaduras do passado, mas continua presente em práticas autoritárias dos dias atuais. O alerta foi feito por especialistas do Brasil e do exterior que participaram do seminário internacional “A censura em cena: interdição e produção artístico-cultural”, realizado nos dias 25 e 27 de outubro na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “O que podemos fazer hoje é estar permanentemente em guarda contra seja quem for, venha de onde vier, que queira tirar a liberdade que nos custou tanto”, afirmou no evento a professora da ECA, dramaturga e poeta Renata Pallotini, que teve sua obra censurada durante o regime militar (1964-1985). “O livro Na toca dos leões, de Fernando Morais, recentemente foi retirado de circulação por ordem judicial”, exemplificou a professora Cristina Costa, uma das coordenadoras do seminário. O jurista Alfredo Caldeira, que dirige os arquivos da Fundação Mário Soares, em Portugal, destacou que “a cultura da censura” permanece nas sociedades mesmo após os períodos ditatoriais. “Terminados esses períodos, os censores voltam a ser democratas”, disse. Para a professora Ana Maria Cabrera, da Universidade de Coimbra, as quase cinco décadas em que Portugal viveu sob a ditadura de António Salazar têm efeitos na consciência das pessoas até hoje – entre eles, o medo de emitir opiniões, principalmente em política. Já a pesquisadora Beatriz Kushnir, autora de Cães de guarda – Jornalistas e censores: do AI-5 à Constituição de 1988, lembrou a colaboração da imprensa à ditadura militar no Brasil. “Houve jornalistas que colaboraram, os que resistiram e os que se opuseram”, detalhou. especial>>

 
Iniciativas em favor da inclusão

“O rendimento escolar do meu filho melhorou muito.” A frase, cheia de alegria, é de Maria Teixeira, mãe de Daniel, de 12 anos, aluno com necessidades especiais da Escola Estadual Parque Jaraguá, em Bauru, que tem 365 estudantes, sete deles com algum tipo de deficiência. Para essa vitória de alunos como Daniel colaboram os pesquisadores da USP em Bauru, que oferecem cursos de treinamento para o trabalho com crianças com necessidades especiais. Mais de 1.100 professores de escolas públicas e privadas já participaram dos cursos. No Instituto de Psicologia da USP, pesquisa utiliza cachorros para ajudar no tratamento de pacientes com síndrome de Down. universidade>>

 
Uma missão para a sociedade

Dada a crise de representatividade parlamentar no Brasil hoje, a sociedade precisa se organizar e pressionar o governo e o Congresso Nacional – através de entidades representativas, como sindicatos e movimentos organizados – para que os eleitos se vinculem mais estreitamente ao eleitor. É o que propõe o professor de Filosofia da USP Franklin Leopoldo e Silva. Segundo ele, essa pressão é uma necessidade porque, atualmente, senadores e deputados não têm compromisso com quem os elegeu, pois na campanha já se comprometeram com aqueles que os ajudaram financeiramente. nacional>>

 
O mundo da nanotecnologia

Calças que não molham, tecidos que se esterilizam sozinhos, uma lâmpada que elimina fumaça de cigarro. Esses produtos, obtidos graças à nanotecnologia, foram mostrados na 2a Feira Internacional de Nanotecnologia, de 6 a 8 de novembro, em São Paulo. O evento apresentou biossensores capazes de identificar a presença de moléculas em diferentes meios. Com eles, uma pessoa com diabetes pode ter o açúcar do sangue medido sem a necessidade de tirar amostras de sangue ou aparelhos específicos. pesquisa>>

 
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