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O exemplo
da avenida
São Luiz |
Nos anos 50 e 60, a avenida São Luiz, no centro
de São Paulo, integrava uma região pontuada por livrarias,
museus de arte, sedes de jornais, restaurantes e lojas elegantes.
As mesas dos bares reuniam jornalistas, poetas, artistas e intelectuais,
em conversas que invadiam a madrugada. Esse clima nostálgico
e romântico está descrito no livro De beco a avenida – A
história da rua São Luiz, do professor Eduardo de Assis
Lefèvre, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da
USP, que acaba de ser lançado pela Editora da USP (Edusp). “O
objetivo deste livro é aprofundar o conhecimento a respeito
da estruturação espacial do centro da cidade e sua
relação com a estrutura socioeconômica paulistana
em particular”, afirma Lefèvre. Ele lembra que, ao longo
das décadas, o centro foi ocupado pela elite paulistana de
diferentes maneiras, deixando de ser a área residencial original
para se tornar local de bancos e lojas. Com a excessiva concentração
de atividades e a conseqüente saturação do centro,
outras áreas da cidade foram buscadas pelas pessoas mais abastadas,
reconfigurando a região. Para o professor, o exemplo da São
Luiz pode ajudar a repensar a revitalização do centro. “Enquanto
permanecer apenas como oportunidade para a realização
de investimentos lucrativos, o centro perde em potencial para outras áreas
da cidade, que apresentam retorno econômico em prazos mais
curtos.” O livro traz desenhos, fotos antigas e velhas plantas
da cidade. O leitor pode apreciar as imagens de palacetes do início
do século 20, como o Circolo Italiano, com suas festas e bailes.
especial>>
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Idéias
para o mercado
de biocombustível |
A produção e a distribuição
de biodiesel precisam ser descentralizadas, ao invés de adotar
o modelo centralizado, hoje controlado pela Petrobras. Foi o que
disse o coordenador do Pólo Nacional de Biocombustíveis,
Weber Amaral, durante evento sobre o tema realizado no dia 9 no Instituto
de Estudos Avançados (IEA) da USP. “Os pequenos e médios
atores devem estar engajados na produção de biodiesel,
usando-o em frota própria e até vendendo o excesso
que não for consumido. Essa é uma alternativa muito
importante para reduzir os custos de produção e logística
e facilitar o processo de inclusão social.” Na Escola
de Engenharia de Lorena (EEL) da USP, evento sobre bioenergia mostrou
que, em 20 anos, cerca de 10% da gasolina do mundo poderá ser
substituída por etanol, o que corresponde a cerca de 200 bilhões
de litros de álcool por ano. O Brasil seria responsável
pelo abastecimento de 50% desse mercado. nacional>> |
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Alunos-cientistas
expõem
suas pesquisas |
Mais de 4.500 pesquisas, feitas por alunos de várias
universidades do Brasil, foram apresentadas na semana passada durante
o 14o Simpósio Internacional de Iniciação Científica
da USP (Siicusp), um evento que já se tornou referência
internacional pelo incentivo dado à pesquisa científica
na graduação. Nos dias 6 a 8, no Instituto de Psicologia
e na FEA, foram mostrados trabalhos na área de humanas. De
8 a 10, a Escola Politécnica apresentou as pesquisas de engenharia
e exatas. O campus de Ribeirão Preto foi o responsável
por mostrar os estudos em biologia, nos dias 13 e 14, e a Esalq,
em Piracicaba, expôs trabalhos na área de agropecuária,
nos dias 16 e 17. Um dos trabalhos apresentados, de autoria de alunos
da Esalq, trata dos dejetos produzidos pelas atividades ligadas à bovinocultura.
Outro estudo, de aluno da Unesp, propõe novas ferramentas
em informática. “O evento tem como objetivos o treinamento
e a convivência dos alunos com o método científico”,
explica a professora Maria Angélica Miglino, presidente do
Programa de Iniciação Científica da USP. universidade>> |
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Revista
USP discute
a água no planeta |
A transposição do rio São Francisco,
a gestão das bacias hidrográficas e a importância
da ciência para a preservação dos recursos hídricos
estão entre os temas debatidos na nova edição
da Revista USP, que traz um dossiê sobre a água no planeta.
Num dos artigos, o geógrafo Aziz Ab’Sáber, da
USP, afirma que é preciso elaborar um amplo estudo físico
e social das áreas afetadas pela transposição
do São Francisco antes de fazer a alteração.
Já o professor Francisco Sarmento, da Universidade Federal
da Paraíba, alerta que a medida é “urgente” e
que o desvio da “irrisória fração” de
1% do volume do rio não comprometerá as atividades
econômicas já desenvolvidas nas suas águas. O
professor José Galizia Tundisi escreve que a crise da água
no Brasil se deve menos à contaminação e à escassez
e mais à má gestão dos recursos hídricos.
Ele acredita que, também nessa área, a Universidade
pode contribuir muito. pesquisa>> |
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