Todos contra a burocracia

O Programa de Gestão Estratégica e Desburocratização na Administração da USP foi lançado no dia 27 de novembro, em cerimônia no Anfiteatro Camargo Guarnieri, com a presença da reitora Suely Vilela e do vice-reitor Franco Maria Lajolo. “Convido todos a assumir conosco o compromisso da mudança”, discursou Suely, enfatizando a necessidade de investir na gestão estratégica e na desburocratização da USP. Na cerimônia, o diretor do Programa Nacional da Gestão Pública (Gespública) do Ministério do Planejamento – referência do projeto uspiano –, Paulo Daniel Barreto Lima, fez uma bem-humorada palestra, criticando a obsessão dos administradores por relatórios “inúteis”, que nem mesmo seus autores conseguem ler. “Relatório e prestação de contas são coisas bem diferentes”, disse. Para ele, estratégia não significa apenas elaborar planos, visão de futuro e objetivos, mas sim “saber como chegar lá e que passos dar”, levando em conta todas as pressões que virão, os prós e contras e as resistências. “É preciso ver se o plano mexeu no que interessa, se gerou bem comum.” Barreto Lima alertou que é preciso haver um equilíbrio entre razão e emoção, acrescentando que a administração pública costuma valorizar a primeira e desprezar a segunda. “Temos que tomar cuidado com certificações como a ISO 9000, que estabelece uma norma como: ‘tudo o que você fizer, escreva; tudo o que você escrever, faça’. Para um burocrata, isso é uma maravilha.” O diretor destacou ainda a diferença entre rigidez hierárquica e delegação: “É preciso chegar à menor distância possível entre o tomador de decisão e o executor”.
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A completa e autêntica Tarsila

O Catálogo Raisonné (a mais completa referência da obra de um artista) de Tarsila do Amaral deverá estar concluído até julho do ano que vem. Em fase de preparação pela professora Aracy Amaral, ex-diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, ele deverá reunir cerca de 1.200 imagens, além de documentos, cartas e fotografias. O projeto – realizado numa parceria entre a Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Base 7 Projetos Culturais – deverá gerar um amplo material de pesquisa sobre a obra da artista para universidades, instituições culturais e colecionadores. “Tarsila sempre foi muito preocupada com os seus papéis e documentos, daí a nossa responsabilidade em catalogar as imagens com muito cuidado”, afirma Aracy, uma especialista que há 40 anos se dedica ao estudo da vida e da obra da “caipirinha vestida por Poiret” – na expressão de Oswald de Andrade. “Há muitas imagens atribuídas a Tarsila que vamos ter que observar com muito critério”, destaca Aracy, que tem a difícil missão de selecionar as obras autênticas das falsificadas. “É um desafio separar o joio do trigo.” especial>>

 
O jeito científico de erradicar favelas

A participação da comunidade é fundamental para o sucesso de qualquer projeto de urbanização de favelas. Essa é uma das recomendações feitas por uma equipe da Escola Politécnica da USP, que durante dois anos se debruçou sobre o tema para descobrir a forma mais eficiente e econômica de urbanizar as favelas. “Quando a família participa desse processo, ela se sente parte dele, preocupando-se com a questão da manutenção das melhorias”, afirma o professor Alex Abiko, da Poli. Os resultados da pesquisa estarão disponíveis na internet e serão publicados em livro – com o título Manual para qualificação de assentamentos urbanos degradados –, a fim de auxiliar as prefeituras do País. pesquisa>>

 
Plano aponta os desafios na informática

A Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) apresentou no dia 22 de novembro, no Instituto de Física, o Plano Estratégico para Tecnologia da Informação na USP. Trata-se de um estudo realizado por 11 grupos de trabalho, que visa a identificar os desafios e propor soluções para o setor de informática na Universidade. “Os problemas mais urgentes dizem respeito a redes de informática, aprendizado eletrônico e sistemas corporativos”, afirma o professor Gil da Costa Marques, coordenador da CTI. Segundo o plano, a USP precisa investir no setor R$ 28 milhões por ano, a fim de atender a necessidades como aquisição de softwares e equipamentos, segurança, rede e capacitação de pessoal. “No momento, o impasse é substituir a tecnologia Wifi por uma que dê a cobertura mais abrangente e com a maior segurança possível”, diz Marques. universidade>>

 
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