|
|
Anita mudou
a arte brasileira |
O resultado de mais de quatro décadas de pesquisa
está agora à disposição do público,
permitindo conhecer melhor a obra de um dos nomes fundamentais da
arte no Brasil. Anita Malfatti no tempo e no espaço, edição
conjunta da Edusp e da Editora 34, reúne em dois volumes a
biografia e um catálogo documentando toda a trajetória
da pintora. A autora é Marta Rossetti, professora do Instituto
de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, que resgatou os cinqüenta
anos de carreira de Anita por meio de entrevistas com amigos, familiares
e outros artistas. Os volumes apresentam também imagens e
documentos inéditos. Anita Malfatti “tornou-se o divisor
de águas, encerrando o capítulo da arte acadêmica.
Inseria-se na história da arte no Brasil num lugar muito definido:
o de marco inicial do movimento modernista”, escreve Marta.
A artista causou polêmica em vários momentos, como na
exposição de 1917, quando foi atacada por críticos
como Monteiro Lobato. É uma vida que retrata a própria
trajetória do Brasil. “Ela viu e acompanhou a tremenda
evolução da cidade e do País. Uma vida longa
que, curiosamente, se desenvolve, coincide e interfere com um período
completo da própria história do Brasil. Nasceu com
a República, em 1889, e faleceu em 1964”, escreve a
autora. Passagens e estudos em países como Estados Unidos
e Alemanha enriqueceram as perspectivas da artista. “Os olhos
provincianos da paulistana de 1910 haviam se aberto para outros mundos.
Anita agora raciocinava e intuía em outros termos: a obra
de arte como entidade autônoma, servindo-se do modelo como
pretexto”, escreve a autora. Ao mesmo tempo em que conhece
a biografia de Anita Malfatti, o leitor pode consultar o volume que
documenta a obra, seguindo um roteiro que permite dar passos seguros
em sua produção. especial>>
|
|
|
Depois
do prêmio, mais trabalho |
Em 2006, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp)
recebeu o Prêmio Carlos Gomes como melhor orquestra do País.
Foi o reconhecimento por um trabalho que começou internamente. “A
primeira fase foi fazer com que a própria Universidade descobrisse
sua orquestra, e depois o Brasil inteiro, o que conseguimos”,
diz o regente e diretor artístico, Carlos Moreno. Atingida
a qualidade, cresce também a exigência. Além
de investir num repertório diferenciado, a Osusp vem se apresentando
regularmente em locais como a Sala São Paulo. A receptividade
do público se manifesta no aumento do número de assinantes
fixos para as temporadas. Em 2007, os ciclos sinfônicos vão
enfocar as Bachianas, de Villa-Lobos, e as grandes obras de Camargo
Guarnieri, primeiro regente da orquestra. O concerto de abertura
será no dia 27 de março, na Sala São Paulo.
Interessados em adquirir assinaturas podem procurar informações
no site da Osusp na internet. cultura >> |
|
|
Projeto valoriza
formação de professores |
Mais de mil professores da rede pública de
diversas cidades estiveram na USP em janeiro para a semana presencial
do Programa de Educação Continuada (PEC), uma parceria
da Faculdade de Educação (FE) com a Secretaria de Educação
do Estado. Ao longo de dois anos, os professores têm aulas
nos pólos locais e também participam de atividades
que oferecem oportunidade de ampliar conhecimentos, gerando melhoria
da qualidade do ensino público. “Nos pólos, eles
vêem questões fundamentais para a educação,
como ética, políticas públicas e meio ambiente.
Já na semana presencial, têm aulas bem práticas
com jogos, danças, artes. É um banho cultural”,
define Marieta Nicolau, coordenadora do projeto. Professora num Centro
de Educação Infantil da zona leste de São Paulo,
Jane Marli Silva conta que foi no PEC que aprendeu a trabalhar com
o computador. Os reflexos aparecem na sua relação com
os alunos em sala de aula. pesquisa>> |
|
|
Para evitar novas
tragédias no futuro |
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT), cuja sede fica na Cidade Universitária, comanda a investigação
que vai apurar as razões do desmoronamento ocorrido no dia
12 de janeiro nas obras da Estação Pinheiros do Metrô.
De acordo com Marcos Tadeu Pereira, diretor de Operações
e Negócios do IPT e professor da Escola Politécnica
da USP, o trabalho da instituição, contratada por sua
isenção e autonomia, “vai buscar causas, não
apontar culpados”. A análise cuidadosa de todas as informações é parte
fundamental do trabalho. Não há previsão para
a apresentação do relatório, mas Pereira acredita
que, pela dimensão do acidente, “não é coisa
que se resolva rapidamente”. Detectar as falhas que ocorrem
nos projetos de engenharia ajuda na prevenção, e é por
isso que o IPT vai procurar fazer recomendações para
evitar a repetição de desastres como esse. pesquisa>> |
|
|
|